25.4.10

Design Inteligente em Julgamento

Em 2003, eu resolvi fazer Letras em uma faculdade pública lá da minha cidade, no interior do Ceará. Apesar de algumas aulas bem sofríveis, aqui e ali havia algum professor muito bom, o que me fez apreciar o curso mais do que eu pensava. Não cheguei a terminá-lo, por questões de trabalho, tive que me mudar.

Mas um dos episódios mais intrigantes desta minha passagem por Letras não tem nada a ver com o curso. Na minha sala, havia um contingente considerável de "crentes", das mais variadas linhas: batistas, testemunhas de jeová, universal, assembléia, etc... No dia-a-dia das aulas, não havia qualquer problema com isto, era cada um na sua, a não ser quando uma das crentes era muito gatinha :) Mas isto é uma outra história!

Um feio dia, uma das minhas colegas distribuiu um panfleto sobre uma palestra que iria ser ministrada à noite. Achei interessante, o palestrante era um brasileiro que morava nos EUA, professor universitário, "consultor da NASA", estudo na Johns Hopkins, entre outras coisas. Não estava muito claro sobre o que era a palestra, o título era meio vago, do tipo "novas idéias sobre o conhecimento na modernidade", ou "princípios gerais sobre o desenvolvimento do ser humanos frente os desafios do século XXI"... em suma, podia ser qualquer coisa.

Cheguei na hora e vi a minha colega panfleteira, acenou pra mim toda serelepe. Olhei em volta e vi uma quantidade grande de alunos, quase lotando o grande auditório. O negócio havia sido bem espalhado.


22.4.10

"Filme com criança é foda..."

Sempre que posso, troco algumas indicações de filmes com pessoas que conheço. Como o espectro de filmes que gosto de ver é abrangente, pergunto para gente que só vê filme "cult" até aqueles que tem um "bom gosto" apenas. Dentre as pessoas que de vez em quando eu troco figurinhas está o meu irmão do meio (não do "meio", meu irmão biológico que está exatamente entre eu e o meu irmão menor!), e ele comentou dos filmes que havia visto recentemente, um deles sendo "caso 39". 

Perguntei se o filme era bom, se valia o download, e ele disse que sim, que gostava do tipo de filme, que era de terror e que "filme com criança é foda..."!

Vi o filme, sabendo mazomenos o que ia encontrar, afinal, é uma produção de hollywood para as massas. Tem os seus méritos, nada que faça você sair correndo pelas ruas, às 2 da manhã, gritando: VEJAM O FILME! É URGENTE, VEJAM O FILME, POR FAVOR!!! Mas é bom.

Mas não foi o filme que ficou na minha cabeça, foi a frase "filme com criança é foda...". Ficou na minha cabeça porque eu MORRO DE MEDO DE FILME DE TERROR COM CRIANÇA!!! E, pelo visto, ou um dos meus dois outros irmãos (o menor e a, hoje, mulher) era assustador, ou meus pais deixaram a gente ver muito filme quando erámos pequenos...


18.4.10

Crítica Expressa (02)



Especial só com filmes de Woody Allen, o diretor com o maior número
de títulos traduzidos de maneira ridícula para o português.

17.4.10

Seth MacFarlane's Cavalcade of Cartoon Comedy

Até alguns anos atrás, se alguém me perguntasse qual era o desenho animado mais escroto, mais legal, mais bem escrito da TV, eu não teria dúvidas: Simpsons, na cabeça! Além de ter acompanhado a evolução dos personagens há praticamente 20 anos, o desenho virou praticamente uma instituição pop devido às suas referências, aos seus personagens maravilhosos e à qualidade dos roteiros. É aquele desenho que até os personagens mais obscuros são maravilhosos, feito o Dr. Nick Riviera, o "comic book guy" ou o filho do Chefe Wiggam, Ralph.

Mas o tempo passa, e depois de mais de 20 anos, apesar de algumas maravilhosas piadas ainda serem contadas/inventadas, o desenho ficou meio... chapa-branca! Todo mundo aceita participar de algum episódio, sabe que vai ser zoado, mas vai ser zoado de uma forma light. A sociedade americana abraçou os Simpsons, pois permite que eles os achincalhe, pois é com carinho :)

Então cansei um pouco.

Até que um dia, zappeando no FX, dei de cara com o Family Guy, a criação de Seth MacFarlane que eu nunca tive vontade de ver, pois me parecia uma cópia descarada de um seriado melhor. Ledo Ivo engano.


16.4.10

Big Brother

Santa Ironia, Batman!

orwell Fonte.

p.s.: Battlestar Galactica está consumindo todo o meu tempo livre. É, eu não tinha assistido ainda, eu tinha preconceito com a série. Devido a um comentário do meu irmão junto com um reforço (e uma ajudinha nos torrents) de Sardaukar, estou submerso nesta série até o pescoço.

15.4.10

Crítica Expressa

Essa é a tentativa de criar uma sessão onde eu possa dar dicas de bons filmes da maneira mais sucinta e direta possíveis. Não quer dizer necessariamente que são filmes que não possam ser valorizados por uma crítica ou apresentação mais amplas. Quer dizer apenas que eu estou com preguiça. Cinco filmes a seguir.
Andiamo!


13.4.10

Indeed

129140229250601434Fonte

Sinuca...

Em 1982, eu botei as mãos no primeiro jogo eletrônico caseiro que conheci, o famoso "TELEJOGO". Eram apenas 3 jogos: futebol, tênis e paredão! E eu ficava extasiado, sem quase entender como se realizava aquela mágica de se mexer um botão e ver o movimento correspondente na tela. Era tudo tão misterioso, principalmente um botãozinho que tinha atrás do bicho. A identificação estava apagada e eu não tinha a mínima idéia para que ele servia. E, claro, quando eu não sabia para que algo servia, aí é que eu mexia! Vivia trocando o botão de lugar, da esquerda pra direita, da direita pra esquerda, em todas as combinações possíveis com os 3 jogos... Fiz de tudo pra descobrir e nada! Até que um dia eu notei que, quando eu colocava pra esquerda, o controle direito do telejogo começava a esquentar! Poxa, que legal! Por que esquentava? Eu não sabia... só descobri no fim de um domingo inteiro jogando, com o bicho esquentando... aí ele explodiu... e eu descobri que o botãozinho estava no 110v, e o Ceará é 220v.

Foi assim que minha relação com os jogos e os videogames começaram, e o meu primeiro Console MESMO foi o Supergame (um Atari genérico da CCE!), que durou uma infinidade de anos, tantos que nem lembro! Mas aí encheu o saco... e houve um grande interlúdio depois do Atari, o qual foi eventualmente preenchido com os joguinhos gravados em fita do TK90x.

Com a volta dos videogames ao mercado brasileiro, veio um Master System da Sega, após um Mega Drive, então um Super Nintendo... Em suma, eu era o típico adolescente punheteiro, espinhento, que vivia com o joystick na mão!

Até que chegou o PC e mudou tudo!


11.4.10

They Shoot Horses, Don't They? (1969)

Em um passado distante, pessoas disputavam maratonas de dança brutais em troca de refeições regulares e um prêmio de $ 1500,00 para o último casal que sobrasse na pista. Esses concursos chegavam a se estender por semanas a fio com os competidores dançando nonstop, tendo descansos de apenas dez minutos a cada duas horas. Um apresentador animava uma platéia de pagantes que acompanhavam dia-a-dia o sofrimento do seu casal favorito. A intervalos de algumas semanas, era organizada uma prova de corrida ao redor da pista de dança, ao final da qual eram eliminados alguns casais que caíam abatidos pelo esforço extenuante. Algumas pessoas chegavam a adoecer seriamente durante a maratona, outras simplesmente a abandonavam após o esgotamento mental.

Avance no tempo cerca de setenta anos, inflacione o prêmio, aumente a platéia e tire as partes da dança e da boa música americana dos anos trinta. O que sobra é o espetáculo atual conhecido como Big Brother Brasil. Vendo A Noite dos Desesperados (nome que o filme ganhou no Brasil), chego mesmo é à conclusão desesperadora que nada mudou no shou bizes. A curiosidade mórbida e a falta de vida interior ainda são a lenha que movimenta a locomotiva da televisão comercial.

Se você votou para alguém ser eliminado, acha Pedro Bial um sujeito inteligente pacas ou diz que assiste ao BBB “pela experiência antropológica”, você é um babaca.

Se nenhuma das acima, continue lendo.

Fringe!

Depois que Arquivo X arrebanhou aquela horda de gente sedenta por "mistérios" nos anos 90, a todo momento surgia a sua SUCESSORA. Até mesmo o pai da série, Chris Carter, criou três "sucessoras": Millenium, Harsh Realms e "os pistoleiros solitários" (que era um spin-off). A primeira era até interessante, sombria, com o Lance Henrikssen atuando muito bem, mas que não emplacou, talvez pela própria natureza apocalíptica, obscura, da série. Já "harsh realms", sinceramente, nem sei direito do que se trata! Pistoleiros Solitários não conseguiu fechar nem uma temporada inteira!

Daí veio LOST, em 2005, e passou a régua! Apesar de seus altos e baixos, criou uma legião de fãs fiéis (eu, incluso!). Criação de J.J.Abrams, antes só conhecido por ter criado o seriado pós-adolescente mela-cueca Felicity (que eu adoro!), Lost virou a série dos "mistérios": anomalias magnéticas, projetos secretos do governo, imortais, fumaças quânticas, estátuas egípcias... só os adoradores de conspirações alienígenas é que se sentiram excluídos!

Mas Lost tinha um problema grave (ou vários, se você é um detrator!). A história era centrada na ilha, suas tramas, por mais engendradas que fossem, não podiam fugir muito daquele contexto, daquelas possibilidades, o que caracterizava uma diferença muito grande para o Arquivo X, que tratava de aliens a pé-grande, de fantasmas a nazistas, de psicocinese ao acidente em Chernobyl. Tudo e qualquer coisa cabia, e por isto atingia tanta gente.

Quando FRINGE surgiu em 2008, tinha toda a pinta que havia sido criada pela turma envolvida em Lost (Abrams, Kurtzman e Orci) para extrapolar as possibilidade que esta última não conseguia. Até a apresentação lembra muito Arquivo X, com a menção a várias "atividades" esquisitas.

Passados 1 ano e tantos meses, o que afinal é FRINGE?

6.4.10

Coleção Disquinho

Há muito, muito tempo, em uma terra distante... tá bom, no Bodocó, interior do Pernambuco... quando eu era criança, não existia televisão! Até existia, mas ninguém na cidade tinha, nem o prefeito. Lembro que a primeira TV da cidade foi a da minha casa, em 1979, uma National de 20 polegadas. Formou-se uma fila na porta, um monte de gente querendo ver que bicho era aquele. Teve pelos menos umas 3 pessoas que se ajoelharam e rezaram!

Eu fazia o tipo menino de rua de interior, só fazia jogar bola, caçar passarinho, tomar banho no açude seco, espiar as mulheres lavando roupas, etc, etc, etc...

5.4.10

Só pra lembrar da sexta

O que fazer na segunda, terça, quarta, quinta? Em homenagem ao dia mais esperado da semana, e só pra sacanear, já que hoje é segunda-feira, um infográfico da música Friday I’m in Love, do The Cure (pra quem não entendeu, ou não está lembrado, letra depois do break):

friday-i-m-in-love 

Fonte: BuzzFeed, via Chart Porn.

4.4.10

Créditos

Momentos antes da concepção do logotipo

Sardaukar (D) e S.Kastor (E), momentos antes da concepção do logotipo.

Voltei. E comigo, um novo layout feito a, basicamente, duas mãos (uma de cada pessoa, porque nenhum é ambidestro). Uma das mãos foi a minha, utilizando a nova ferramenta do Blogger para edição de layouts. Com poucas modificações, conseguimos chegar a este modelo parecido com o anterior: minimalista, introspectivo e preguiçoso. E com o logo presenteado por nosso coleguinha, o já conhecido da rapeyze, S.Kastor.

Como sempre, Sardaukar ficou dando ordens. E ai de nós, operários do design, se recebermos comentários negativos a respeito do new look do Equivocando. C’est la vie.

Três Atores Muito Ruins II

Que na verdade são cinco, segundo King Arthur.

Quando Campello contratou um webdesigner romeno para redesenhar o equivocando (ele gastou uma fortuna com novo logo) e escreveu sobre os atores que ele considera uma vergonha da raça – não que atores tenham alguma vergonha -, senti de novo a vontade de escrever e nabar alguém. Não o Sardaukar desta vez, mas alguns semoventes que se consideram páreos para o Master Thespian.

Simonal - O dedo duro deu...

Quando o documentário sobre a vida de Wilson Simonal saiu nos cinemas, foram feitas trocentas matérias sobre o filme. A maioria, alinhada com um certo revisionismo histórico em voga neste país e com o marketing de um produto Globo Filmes, defendendo o músico e apontando o terrível ostracismo que lhe fora imposto por mais de 20 anos.

Como eu já havia lido sobre o episódio, fiquei muito atento ao que se dizia sobre a história e sobre o filme.

É fato que todo morto ganha um desconto de 80% das escrotices que fez, é um processo humano de esquecimento, natural, que deve fazer bem até pra pele, afinal, rancor é uma coisa péssima.

No entanto, como eu guardo meus rancores com imenso carinho (salve Kastor, meu mestre!), não fui ao cinema tirar minhas dúvidas, despejar minha desconfiança... dei um tempo, para ver se eu estabelecia uma distância regulamentar minimamente objetiva.

Baixei o filme e o sarrafo :)

Três atores muito ruins

dog_vomit No post dominical, uma pequena e singela lista de três atores muito ruins. Têm muito mais, eu sei, mas esses três são muito ruins mesmo. São tão ruins que tenho raiva. E uma menção honrosa a um quarto ator que não é tão ruim quanto os três, mas me irrita também.

Sem delongas, leia mais!

 

 

3.4.10

As séries que valem o download do momento (Pt.2)

Continuando aquilo que eu achei que não iria, embora me sentindo extremamente afrontado pelas injúrias/calúnias/difamações que partem do Campello, o único homem catalogado na literatura médica por ter "inveja do pênis", aqui vão mais séries que valem o download.

Pensei em continuar a sequência pinçada ali do Top Dez Séries, mas optei por outras séries, menos conhecidas, principalmente por serem "desenhos animados".

- E o que você teria a acrescentar, nobre Sardaukar, que não esteja na trilha de SouthPark/Simpsons/Family Guy? - perguntou-me um Campello que não existe.
- Leia e saberás, invejoso!


2.4.10

Sardaukar

slavery-maryland Está na hora de acabar com esta fama de bom homem que tem o Sardaukar. Enquanto todos se divertem lendo as postagens deste blog, nos bastidores reina a intolerância, as ameaças e o trabalho escravo. Até que, na minha última postagem, nos comentários, todos os seis leitores conheceram the dark side of this blog. E com o coração cheio de medo e insegurança, apresento a vocês, e ao déspota Sardaukar, o novo modelo de layout do blog. Como tudo na vida, fica faltando alguma coisa: o logotipo. Enquanto isso, perco-me no sertão brasileiro, fugindo do ódio de Her Sardaukar.