4.4.10

Três Atores Muito Ruins II

Que na verdade são cinco, segundo King Arthur.

Quando Campello contratou um webdesigner romeno para redesenhar o equivocando (ele gastou uma fortuna com novo logo) e escreveu sobre os atores que ele considera uma vergonha da raça – não que atores tenham alguma vergonha -, senti de novo a vontade de escrever e nabar alguém. Não o Sardaukar desta vez, mas alguns semoventes que se consideram páreos para o Master Thespian.



Carlos Vereza

Sua voz rouca, seu tom sarcástico, seu palavreado difícil, seu olhar taciturno. Tudo nesse homem sinaliza uma coisa: profundidade. Ou o que o Padrão Globo de Qualidade entende por “profundidade”. Há anos esse ator e intelectual de bodega vem fazendo o mesmo papel em novelas e filmes. Aquele papel do cara mysteriôzo, culto, que usa palavras difíceis (essa é sua marca registrada) e que fala rouco. Tanto melhor se for um vilão "de época", mas pode ser um médico espírita, um advogado espírita ou um intelectual espírita.

Anthony Hopkins

Este homem é o Carlos Vereza americano. Hopkins também é consagrado como um ator do tipo “profundo”: intelectualzão, Actor’s Studio, método Stanislavski, etc. Não tô nem aí pra quem acha O Silêncio dos Inocentes uma obra-prima – considero aquela onda de filmes de psicopata das décadas de 80 e 90 um periodo do cinema a ser esquecido. No fundo, ele é outro que sempre faz o mesmo papel, ou seja o papel de si mesmo. Atores como Jack Nicholson e Brando podem fazer isso, pois são gente que se pode chamar “outro tipo de animal”.  Hopkins, jamé.


Leonardo DiCaprio

Não tenho nada contra os rostinhos bonitos. Eu mesmo tenho uma estrutura óssea facial adorável. Mas tem gente como o Scorsese que jura de pé junto que o Piupiu sabe atuar. Titanic sera sempre um filme um pouco pior por causa da atuação do DiCaprio. É um típico exemplar do cinema da mesma geração das boy bands. Copie e cole esta crítica para Orlando Bloom, Robert (Quem?) Pattinson e Matt Damon.




Antônio Fagundes

Esse é carga pesada (trocadilho tabaco). Campello parece ser uma grande admirador de novelas, mas há de concordar comigo. Toinho saiu do papel de canalha do cinema nacional, comeu todo mundo da época, amadureceu, engordou e terminou no papel de canalha velhusco da Globo. Nuno Leal Maia começou do mesmo jeito mas não teve tanta sorte. As marcas registradas de Fagundes são o sotaque meio mineiro, meio paulista carregado e aquele ar de velhão lubricoso que nossas mães tanto adoram ver depois da janta. Na minha abalizada opinião esta aqui é a melhor atuação dele.

Depp como Elijah Wood
Johnny Depp

Na boa, alguém ainda consegue curtir um filme do Tim Burton com o J. Depp fazendo papel de… excêntrico? A série Anjos da Lei era meio bacana, mas ficará para sempre manchado por ter extraído do anonimato esse versátil artista (sim, ele tinha uma banda chamada P, que lançou uma música em homenagem a Sardauk… digo, Michael Stipe, do REM). Outro ator da leva intelectual-consciente-orgânico cujo saco é lambido desnecessariamente.



Ps.: Dedicarei a Nicholas Cage um post individual no futuro.

4 comentários:

  1. Concordo em gênero, número, grau e canastrice!!!

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  2. Tu curte um DiCaprio que eu sei.

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  3. "Depp como Elijah Wood" (huahauha). Kastor, quando você for fazer o post do Nicolas Cage, informa-me antes por e-mail, porque este merece *dois* post únicos.

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