Especial só com filmes de Woody Allen, o diretor com o maior número
de títulos traduzidos de maneira ridícula para o português.
Annie Hall (EUA, 1977)
Melhor filme de Allen na minha opinião. "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" como foi batizado aqui, cristaliza o estilo do diretor num momento de grande criatividade. O recurso de falar diretamente para a câmera nunca foi tão bem utilizado. A parceria com Diane Keaton chega à perfeição neste.
Repare: na (então) bela Diane Keaton, e na onda que Allen tira com a Califórnia.
Sweet and Lowdown (EUA, 1999)
Um dos filmes mais subestimados de sua carreira. Documentário sobre um fictício e escroque guitarrista de jazz da década de 30, capaz de tocar de maneira sublime. Samantha Morton está ótima como a namorada mudinha. Referências impagáveis ao nada fictício Django Reindhart.
Repare: na trilha sonora. Excepcionais interpretações do violonista Howard Alden, o músico por trás da intepretação de Sean Penn.
Deconstructing Harry (EUA, 1997)
Na mesma prateleira de: Morangos Silvestres, 8 1/2
Outro filme pouco lembrado (até agora não foi lançado em DVD no Brasil). Esse possui elementos autobiográficos desconcertantes que combinam com o toque surreal. A utilização de artifícios típicos da narrativa literária é feita genialmente.
Repare: na sequência do inferno. Entre várias referências dispersas, há uma mitra papal.
Zelig (EUA, 1983)
Um clássico dos mockumentaries (pseudo-documentários). Zelig é o homem-camaleão: uma figura capaz de parecer e se entrosar com qualquer grupo humano à sua volta. Mia Farrow interpreta a psiquiatra disposta a "tratar" o personagem principal, interpretado por Allen.
Repare: no bom gosto e sutileza das montagens, que colocam Zelig em vários períodos da história.
Manhattan (EUA, 1977)
Indiscutivelmente o filme mais bonito de Woody Allen e um dos filmes mais belos sobre Nova York. Filmado em preto-e-branco, é uma pequena novela romântica sobre a vida amorosa de um artista tipicamente novaiorquino, papel que Allen nunca abandona. O final tem um quê de Tchekhov.
Repare: Na música de George Gershwin. E na sequência do museu de história natural.
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