18.4.10

Crítica Expressa (02)



Especial só com filmes de Woody Allen, o diretor com o maior número
de títulos traduzidos de maneira ridícula para o português.


Annie Hall (EUA, 1977)


Melhor filme de Allen na minha opinião. "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" como foi batizado aqui, cristaliza o estilo do diretor num momento de grande criatividade. O recurso de falar diretamente para a câmera nunca foi tão bem utilizado. A parceria com Diane Keaton chega à perfeição neste.

Repare: na (então) bela Diane Keaton, e na onda que Allen tira com a Califórnia.


Sweet and Lowdown (EUA, 1999)


Um dos filmes mais subestimados de sua carreira. Documentário sobre um fictício e escroque guitarrista de jazz da década de 30, capaz de tocar de maneira sublime. Samantha Morton está ótima como a namorada mudinha. Referências impagáveis ao nada fictício Django Reindhart.

Repare: na trilha sonora. Excepcionais interpretações do violonista Howard Alden, o músico por trás da intepretação de Sean Penn.



Na mesma prateleira de: Morangos Silvestres, 8 1/2

Outro filme pouco lembrado (até agora não foi lançado em DVD no Brasil). Esse possui elementos autobiográficos desconcertantes que combinam com o toque surreal. A utilização de artifícios típicos da narrativa literária é feita genialmente.

Repare: na sequência do inferno. Entre várias referências dispersas, há uma mitra papal.



Zelig (EUA, 1983)

Na mesma prateleira de: Being There, Forrest Gump, Sweet and Lowdown

Um clássico dos mockumentaries (pseudo-documentários). Zelig é o homem-camaleão: uma figura capaz de parecer e se entrosar com qualquer grupo humano à sua volta. Mia Farrow interpreta a psiquiatra disposta a "tratar" o personagem principal, interpretado por Allen.

Repare: no bom gosto e sutileza das montagens, que colocam Zelig em vários períodos da história.


Manhattan (EUA, 1977)

Na mesma prateleira de: Moonstruck, If Lucy Fell (viu esse, Sarda?), New Yok Stories

Indiscutivelmente o filme mais bonito de Woody Allen e um dos filmes mais belos sobre Nova York. Filmado em preto-e-branco, é uma pequena novela romântica sobre a vida amorosa de um artista tipicamente novaiorquino, papel que Allen nunca abandona. O final tem um quê de Tchekhov.

Repare: Na música de George Gershwin. E na sequência do museu de história natural.

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