Maus hábitos, Entre tinieblas, Almodóvar, 1983: lixo, perda de tempo e de dinheiro, filme imbecil e relaxado. Ainda estou indignado porque assisti a este filme, e olhe que foi há 6 anos que joguei no lixo pouco mais de 100 minutos de minha vida. Um amigo e um colega de faculdade (à época) me indicaram, tecendo rasgados elogios ao filme - um deles ainda disse que o filme era engraçado. Fui na locadora, o DVD estava numa prateleira empoeirada. Olhei, olhei novamente, evitei ler a sinopse, tomei coragem e levei para casa. Grande miérda.
Resumão do filme (contém spoilers, mas juro que não tem a mínima importância): prostituta chora a morte do namorado por overdose (oh!) e procura um convento para se reabilitar, mas descobre que este não é um convento comum (oooh!), é repleto de freiras lésbicas (ooooooh!) taradas (oooooooooh!) e drogadas (seu... seu... seu infame!).
Eu não entro na onda de "gênio do kitsch!", "polêmico!", "explícito!", "cru!" que ouço os sussurros por aí. É muito fácil fazer um filme de Almodóvar: basta pegar uma câmera, uma prostituta, duas bichas, um bolero e um puteiro - voilà! Clap, clap, clap. E digo mais! Seria mais interessante para humanidade que Almodóvar, ao invés de cinema, fizesse radionovelas. Esta história de cinema pão-com-ovo, para mim, é feito teatro de rua: não há mérito na falta de recursos, não há beleza na miséria e ninguém com fome pensa algo que se aproveite.
Aos afetados (com a crítica, claro), podem colocar o sublingual agora. Acabo, neste momento, o espancamento obtuso, raso e vazio do gênio. Vai ver eu não entendi, mas não precisa explicar.
27.12.07
26.12.07
E eu que era tão esperto...
Às vezes, lembrar o quanto se pode ser mané é essencial para a sobrevivência de sua máquina e de seus dados bancários. Recentemente, comecei a procurar na internet o download de um filme, que não vi no Festival de Cinema do Rio, chamado "My Kid Could Paint That".
O filme mostra a polêmica envolvendo uma garotinha de 4 (!) anos que se tornou uma celebridade no mundo das artes, por pintar quadros que foram comparados aos de Jackson Pollock; após este sucesso inicial, surgiram denúncias que os pais da garota é quem produziam os quadros, o que destruiria o apelo central do trabalho dela: a idade.
O tema me interessa muito, pois trata de uam questão central no universo das artes hoje: o valor está na obra, no que a cerca ou nos dois?
Mas isto é assunto pra outra hora.
O caso é que entrei no site que mais uso quando não encontro facilmente um filme, ScrapeTorrent, e achei algumas fontes para o filme . Reparando bem, só existiam dois "releases", um chamado "My Kid Could Paint That.2007.English.TS.DivX", isto é, uma versão TS (TeleSync) em .divx, e outro chamado "My Kid Could Paint That-2007-DvDrip", isto é, uma versão direramente rippada do DVD.
Como versões TS não me agradam, só baixo se, no mínimo, for TC, decidi tentar a DVDRIP.
Existiam poucas fontes e o negócio demorou pra cacete, mas tudo bem...
Quanto baixou, fui lá, serelepemente, testar o vídeo. Nenhum programa de leitura de DIVX entendeu o arquivo. Passei o arquivo no MediaInfo para tentar localizar o problema, mas o programa não entendeu lhufas do arquivo... Achei que eu havia baixado o arquivo detonado (principalmente porque mexi um pouco nos trackers, tentando melhorar o download), e reiniciei o download...
Dias depois, finalmente terminou novamente de baixar (desta vez, não mexi nos trackers!). Mas o mesmo problema persistia. Mexi, remexi, tentei transformar o arquivo com o VirtualDub, tentei recodificar e nada...
Até que vi um arquivo do tipo "leiame" na pasta de download do filme. O texto dizia algo como "olha, você provavelmente não está conseguindo ver o filme, e isto se deve à nova compactação que é usada nele! Mas os seus problemas acabaram, pois este codec de compactação é gratis e pode ser baixado imediatamente aqui!!!".
PQP, trocentos anos de estrada virtual e fui, como um mané, direto pra baixar a pitomba!
E, claro, era um malware disfarçado de codec.
Claro que não aconteceu nada, pois o meu firewall/antivirus reconheceu o lance e não deixou que acontecesse nada... mas, putz, o que a pressa e a vontade de ver um filme não fazem com a gente! Acho que entrei naquele modo básico de quando temos 17 anos e queremos pegar alguma mulher, só há um comando "eu quero!!!".
Se você, único leitor, já caiu numa destas, olha só a maratona pra consertar o estrago!
Eu já havia visto alguns codecs fantasmas exigirem ser baixados pelo Windows Media Player, principalmente em filmes que sua avó dizia não ver, mas a evolução das táticas pra detonar otários feito eu galopam!!!
Refeito da vergonha, busquei a outra fonte, no famigerado TS. Fiz o download e pluft, outra surpresinha, havia uma password para se descompactar o filme e, claro, um arquivo texto explicando onde você poderia conseguir a tal password, que, claro, era um site cheio de malwares!!!
Em suma, não existem fontes do filme a disposição, todas são armadilhas, e aqui estou eu tentando evitar que você, leitor, caia na mesma!
O que posso sugerir é:
- dê uma olhadinha em arquivos textos que acompanham seus downloads, qualquer coisa parecida com o que descrevi é roubada!
- dê também uma olhada em comentários que geralmente acompanham os links para download de torrents, geralmente a galera avisa logo que é virus ou que é fake!
Espero um dia conseguir ver o tal filme, até por uma questão de orgulho, mas não espero fazer novamente papel de otário :)
p.s.: reparando no que escrevi, talvez seja uma boa idéia ressuscitar um velho post, de um velho blog, explicando o que é TS, TC,R5 e tudo mais que diz respeito aos releases de filmes/series!
O filme mostra a polêmica envolvendo uma garotinha de 4 (!) anos que se tornou uma celebridade no mundo das artes, por pintar quadros que foram comparados aos de Jackson Pollock; após este sucesso inicial, surgiram denúncias que os pais da garota é quem produziam os quadros, o que destruiria o apelo central do trabalho dela: a idade.
O tema me interessa muito, pois trata de uam questão central no universo das artes hoje: o valor está na obra, no que a cerca ou nos dois?
Mas isto é assunto pra outra hora.
O caso é que entrei no site que mais uso quando não encontro facilmente um filme, ScrapeTorrent, e achei algumas fontes para o filme . Reparando bem, só existiam dois "releases", um chamado "My Kid Could Paint That.2007.English.TS.DivX", isto é, uma versão TS (TeleSync) em .divx, e outro chamado "My Kid Could Paint That-2007-DvDrip", isto é, uma versão direramente rippada do DVD.
Como versões TS não me agradam, só baixo se, no mínimo, for TC, decidi tentar a DVDRIP.
Existiam poucas fontes e o negócio demorou pra cacete, mas tudo bem...
Quanto baixou, fui lá, serelepemente, testar o vídeo. Nenhum programa de leitura de DIVX entendeu o arquivo. Passei o arquivo no MediaInfo para tentar localizar o problema, mas o programa não entendeu lhufas do arquivo... Achei que eu havia baixado o arquivo detonado (principalmente porque mexi um pouco nos trackers, tentando melhorar o download), e reiniciei o download...
Dias depois, finalmente terminou novamente de baixar (desta vez, não mexi nos trackers!). Mas o mesmo problema persistia. Mexi, remexi, tentei transformar o arquivo com o VirtualDub, tentei recodificar e nada...
Até que vi um arquivo do tipo "leiame" na pasta de download do filme. O texto dizia algo como "olha, você provavelmente não está conseguindo ver o filme, e isto se deve à nova compactação que é usada nele! Mas os seus problemas acabaram, pois este codec de compactação é gratis e pode ser baixado imediatamente aqui!!!".
PQP, trocentos anos de estrada virtual e fui, como um mané, direto pra baixar a pitomba!
E, claro, era um malware disfarçado de codec.
Claro que não aconteceu nada, pois o meu firewall/antivirus reconheceu o lance e não deixou que acontecesse nada... mas, putz, o que a pressa e a vontade de ver um filme não fazem com a gente! Acho que entrei naquele modo básico de quando temos 17 anos e queremos pegar alguma mulher, só há um comando "eu quero!!!".
Se você, único leitor, já caiu numa destas, olha só a maratona pra consertar o estrago!
Eu já havia visto alguns codecs fantasmas exigirem ser baixados pelo Windows Media Player, principalmente em filmes que sua avó dizia não ver, mas a evolução das táticas pra detonar otários feito eu galopam!!!
Refeito da vergonha, busquei a outra fonte, no famigerado TS. Fiz o download e pluft, outra surpresinha, havia uma password para se descompactar o filme e, claro, um arquivo texto explicando onde você poderia conseguir a tal password, que, claro, era um site cheio de malwares!!!
Em suma, não existem fontes do filme a disposição, todas são armadilhas, e aqui estou eu tentando evitar que você, leitor, caia na mesma!
O que posso sugerir é:
- dê uma olhadinha em arquivos textos que acompanham seus downloads, qualquer coisa parecida com o que descrevi é roubada!
- dê também uma olhada em comentários que geralmente acompanham os links para download de torrents, geralmente a galera avisa logo que é virus ou que é fake!
Espero um dia conseguir ver o tal filme, até por uma questão de orgulho, mas não espero fazer novamente papel de otário :)
p.s.: reparando no que escrevi, talvez seja uma boa idéia ressuscitar um velho post, de um velho blog, explicando o que é TS, TC,R5 e tudo mais que diz respeito aos releases de filmes/series!
24.12.07
Elis & Tom, eu ouvi
Faz alguns dias que um amigo meu me emprestou Elis & Tom, um mini-box lançado pela Trama em 2004 em comemoração aos 30 anos deste disco. Contém um CD e um DVD, ambos remixados (mixados novamente) com supervisão de César Camargo Mariano, o qual participou do projeto à época (piano e arranjos). O DVD é a menina-dos-olhos desta relançamento: DVD-Audio e DVD-Video, em Dolby Digital 5.1 e DTS.
Infelizmente não tenho um player DVD-Audio (aceito doações, sem constrangimentos), tive que ouvir em um DVD player, este ligado digitalmente ao meu receiver marromenos (Sony DE885), o qual processa Dolby Digital e DTS bem ok (aos meus humildes ouvidos).
Não preciso falar muito do disco em si, poderia dizer "fantástico", "maravilhoso" ou juntar as mãos, olhar para o céu e desmunhecar um "divino", mas isso é para entendidos, e este não é um disco para entendidos. Elis pegou o pianinho pianinho e as letras muita-água-com-pouco-açúcar de Tom Jobim e detonou, a mulher é impressionante mesmo. E os músicos, inclusive Tom Jobim, são excelentes.
A caixa que contém as duas mídias, CD e DVD, é maior do que uma caixa de CD e menor do que uma caixa de DVD, mata qualquer padronização na sua coleção, mas é bem legal. O CD e o DVD ficam um em cima do outro, um tecido separa os dois - achei prático, simples e elegante. O encarte é muito simples (letras, créditos, etc.). O único ponto negativo é como o encarte sai e entra da caixa: fica muito ruim de tirar para ler e, depois, colocá-lo de volta.
Quando você coloca o DVD, aparece a opção de você configurar o áudio: Dolby ou DTS? Dúvida cruel. Ouvi algumas vezes em DTS e depois fui para o Dolby. Achei melhor, bem melhor, em DTS. O som em si, os detalhes dos instrumentos e a sensação de surround ficaram bem melhor em DTS. O que pensava, concluí: Dolby Digital 5.1 é mais pra filmes mesmo (e é?).
Após a seleção do áudio, é só sentar e ouvir. Na tela da TV aparece a arte da capa, a música corrente, com informações de composição, duração, etc. Em português, inglês e japonês (japonês? dammed it!). A tela fica com estas informações, estática, enquanto as legendas, com a letra da música, perfeitamente sincronizadas, aparecem na tela.
Há poucas horas fui dar uma pesquisada para ver quanto custaria o preço desta maravilha, preparando-me para o pior. Aí é que veio a ótima notícia. Na Saraiva, o preço está por R$ 16,90 neste link. Preço ridículo. Comprei, vamos ver se chega.
A relação custo benefício é estúpida: recomendo. Mesmo a R$ 24,90 na DVD World, ainda sim é uma ótima compra.
p.s.: nunca comprei na DVD World, só vi o link porque pesquisei no Buscapé.
p.s.2: o site oficial do disco, da própria Trama, é este aqui.
Infelizmente não tenho um player DVD-Audio (aceito doações, sem constrangimentos), tive que ouvir em um DVD player, este ligado digitalmente ao meu receiver marromenos (Sony DE885), o qual processa Dolby Digital e DTS bem ok (aos meus humildes ouvidos).
Não preciso falar muito do disco em si, poderia dizer "fantástico", "maravilhoso" ou juntar as mãos, olhar para o céu e desmunhecar um "divino", mas isso é para entendidos, e este não é um disco para entendidos. Elis pegou o pianinho pianinho e as letras muita-água-com-pouco-açúcar de Tom Jobim e detonou, a mulher é impressionante mesmo. E os músicos, inclusive Tom Jobim, são excelentes.
A caixa que contém as duas mídias, CD e DVD, é maior do que uma caixa de CD e menor do que uma caixa de DVD, mata qualquer padronização na sua coleção, mas é bem legal. O CD e o DVD ficam um em cima do outro, um tecido separa os dois - achei prático, simples e elegante. O encarte é muito simples (letras, créditos, etc.). O único ponto negativo é como o encarte sai e entra da caixa: fica muito ruim de tirar para ler e, depois, colocá-lo de volta.
Quando você coloca o DVD, aparece a opção de você configurar o áudio: Dolby ou DTS? Dúvida cruel. Ouvi algumas vezes em DTS e depois fui para o Dolby. Achei melhor, bem melhor, em DTS. O som em si, os detalhes dos instrumentos e a sensação de surround ficaram bem melhor em DTS. O que pensava, concluí: Dolby Digital 5.1 é mais pra filmes mesmo (e é?).
Após a seleção do áudio, é só sentar e ouvir. Na tela da TV aparece a arte da capa, a música corrente, com informações de composição, duração, etc. Em português, inglês e japonês (japonês? dammed it!). A tela fica com estas informações, estática, enquanto as legendas, com a letra da música, perfeitamente sincronizadas, aparecem na tela.
Há poucas horas fui dar uma pesquisada para ver quanto custaria o preço desta maravilha, preparando-me para o pior. Aí é que veio a ótima notícia. Na Saraiva, o preço está por R$ 16,90 neste link. Preço ridículo. Comprei, vamos ver se chega.
A relação custo benefício é estúpida: recomendo. Mesmo a R$ 24,90 na DVD World, ainda sim é uma ótima compra.
p.s.: nunca comprei na DVD World, só vi o link porque pesquisei no Buscapé.
p.s.2: o site oficial do disco, da própria Trama, é este aqui.
20.12.07
Os 100 esseciais da Bravo (Filmes)
Este papo foi comentado por 99% dos blogs quando foi publicado, isto é, esta um pouco datado e um muito batido, mas tudo bem... :)
A) FILMES QUE SÃO EXCELENTES, SE VOCÊ VIVE EM 1950
03 – Sindicato dos Ladrões – Elia Kazan
05 – Casablanca –Michael Curtiz
06 – 8 ½ - Fellini
07 – Lawrence da Arábia – David Lean
08 – A regra do jogo – Jean Renoir
09 – O encouraçado Potemkin – Eisenstein
11 – Cantando na Chuva – Gene Kelly e Stanley Donen
12 – Crepúsculo dos deuses – Billy Wilder
17 – O Leopardo – Luchino Visconti
21 – Acossado – Godard
22 – Jules e Jim-uma mulher para dois – Truffaut
24 – Em busca do Ouro – Chaplin
25 – Metrópolis – Fritz Lang
26 – O sétimo selo – Bergman
28 – Amacord – Fellini
31 – O Nascimento de uma Nação – Griffith
34 – Assim Caminha a Humanidade – George Steven
39 – O Falcão Maltês – John Huston
43 – A doce vida – Fellini
46 - ...E o vento levou – Victor Fleming
47 – Tempos Modernos – Chaplin
48 – A um passo da eternidade – Fred Zinnemann
51 – A general – Buster Keaton
53 – O mágico de Oz – Victor Fleming
60 – A Malvada – Mankiewicz
61 – Nosferatu – Murnau
62 – O último Tango em Paris – Bertolucci
68 – Uma Rua Chamada pecado – Elia Kazan
73 – Um Lugar ao Sol – Georges Stevens
79 – Quanto mais quente melhor – Billy Wilder
81 – Os homens preferem as loiras – Howard Hawks
82 – Um cão Andaluz – Luis Buñuel
85 – Ben-Hur – Willian Wyler
86 – Fantasia - Walt Disney
90 – Um convidado bem trapalhão – Blake Edwards
96 – King Kong – Merian Cooper e Ernest Schoedsack
B) FILMES QUE EU NÃO VI ! NEM QUERO VER!
66 – Repulsa ao Sexo – Roman Polanski
71 – Patton-Rebelde ou herói – Franklin J. Schaffner
91 – A lista de Schindler – Spielberg
93 – O Pântano – Lucrecia Martel
94 – Cabaré – Bob Fosse
04 – Um corpo que Cai – Hitchcock
10 – Rastros de ódio – John Ford
15 – 2001-Uma odisséia no espaço – Kubrick
18 – Taxi Driver – Scorsese
30 – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa – Woody Allen
32 – Apocalyse Now – Coppola
33 – Era uma vez no Oeste – Sergio Leone
35 - Piscose - Hitchcock
37 – Touro Indomável – Scorsese
41 – Dr.Fantástico – Kubrick
44 – Chinatown – Roman Polanski
45 – A felicidade não se compra – Frank Capra
50 – Laranja Mecânica – Kubrick
52 – O homem-elefante – Lynch
55 – A primeira Noite de um homem – Mike Nichols
57 – A última sessão de cinema – Peter Gobdanovich
59 – Blade Runner – Ridley Scott
64 – Asas do desejo – Wim Wenders
67 – Crimes e Pecados – Woody Allen
69 – Butch Cassidy e Sundance Kid – George Roy Hill
74 – Um Estranho no Ninho – Milos Forman
78 – Brazil-O Filme – Terry Gillian
88 – Dogville – Lars Von Trier
92 – Guerra nas Estrelas – George Lucas
95 – Operação França – Willian Friedkin
97 – Invasões Bárbaras – Denys Arcand
98 – Fargo – Joel e Ethan Coen
E) A MÃE DE QUEM?
A mãe de uma prima da tia do goleiro do bahia que quase levou o 1000º gol de Pelé já ouviu falar destes filmes. Imagina o sacrfício que deve ser ver "o sacrifício" do Tarkovsky, ou a originalidade de quem filmou "era uma vez em tóquio", ou quem diabos chama um filme de "viridiana"?!?! Passo e passe!
14 – O mensageiro do Diabo – Charles Laughton
19 – Era uma vez em Tóquio – Yasujiro Ozu
23 – O conformista – Bertolucci
27 – A aventura – Michelangelo Antonioni
29 – Viridiana – Luis Buñuel
36 – O Martírio de Joana D’arc – Carl Theodor Dreyer
38 – Olympia – Leni Riefenstahl
49 – O sacrifício – Tarkovski
77 – Kaos – Irmãos Taviani
F) HEIN?!?!!
83 – Los Angeles-Cidade proibida – Curtis Hanson
84 – Pixote-A lei do mais fraco – Hector Babenco
89 – O império dos sentidos – Nagisa Oshima
99 – M.A.S.H. – Altman
100 – Lavoura Arcaica – Luis Fernando Carvalho
A revista Bravo, em uma edição especial de setembro, publicou sua lista dos 100 filmes essenciais de "todos os tempos". Eu não sou lá muito chegado a listas, às vezes até faço algumas, quando sou instado a fazê-lo, mas não levo muito a sério, e SEMPRE me recuso a dar qualquer ordem de preferência. Acho que, ao fim, estas listas só servem pra duas coisas:
1) listar o que um mané metido deve ver pra parecer culto;
2) dar motivo pra reclamação, que é um dos esportes favoritos da humanidade.
1) listar o que um mané metido deve ver pra parecer culto;
2) dar motivo pra reclamação, que é um dos esportes favoritos da humanidade.
O que vi, na maioria dos blogs que comentou esta edição, foi o blogger transitando entre estas duas serventias. Alguns até reconheceram que não viram quase nada, com aquele ar de que burrice pode ser boa, mas a maioria reclamou que seus favoritos não estava na lista ou apenas quis mostrar mesmo que era o foda, por ter visto "morangos silvestres" ou "roma, cidade aberta".
Resolvi então facilitar a sua vida, único leitor deste blog, visto que você só lê blogs mesmo, e separar os filmes em categorias, para poupar seu tempo. Além é claro de mostrar que eu sou foda, por ter visto "morangos silvestres" E "roma, cidade aberta".
Estas são as 6 categorias:
A) FILMES QUE SÃO EXCELENTES, SE VOCÊ VIVE EM 1950
Grandes obras-primas do cinema que hoje servem, basicamente, pra comporem estas listas de 100 melhores... São filmes muito bons, em geral, mas que não vão mais mudar a sua vida em nenhuma sentido, pois se referem a outros tempos/sentimentos/éticas/idéias. Alguns críticos dizem que a pedra de toque de uma obra de arte é justamente a sua capacidade de sobreviver ao tempo, outros dizem que é a sua universalidade, o que evoca no íntimo... vários filmes desta categoria transitam nestes termos mas, você é um leitor de blog, meu chapa, e não precisa de uma obra-prima e demais besteiras pra viver, meu chapa!
01 – Cidadão Kane – Orson Welles03 – Sindicato dos Ladrões – Elia Kazan
05 – Casablanca –Michael Curtiz
06 – 8 ½ - Fellini
07 – Lawrence da Arábia – David Lean
08 – A regra do jogo – Jean Renoir
09 – O encouraçado Potemkin – Eisenstein
11 – Cantando na Chuva – Gene Kelly e Stanley Donen
12 – Crepúsculo dos deuses – Billy Wilder
17 – O Leopardo – Luchino Visconti
21 – Acossado – Godard
22 – Jules e Jim-uma mulher para dois – Truffaut
24 – Em busca do Ouro – Chaplin
25 – Metrópolis – Fritz Lang
26 – O sétimo selo – Bergman
28 – Amacord – Fellini
31 – O Nascimento de uma Nação – Griffith
34 – Assim Caminha a Humanidade – George Steven
39 – O Falcão Maltês – John Huston
43 – A doce vida – Fellini
46 - ...E o vento levou – Victor Fleming
47 – Tempos Modernos – Chaplin
48 – A um passo da eternidade – Fred Zinnemann
51 – A general – Buster Keaton
53 – O mágico de Oz – Victor Fleming
60 – A Malvada – Mankiewicz
61 – Nosferatu – Murnau
62 – O último Tango em Paris – Bertolucci
68 – Uma Rua Chamada pecado – Elia Kazan
73 – Um Lugar ao Sol – Georges Stevens
79 – Quanto mais quente melhor – Billy Wilder
81 – Os homens preferem as loiras – Howard Hawks
82 – Um cão Andaluz – Luis Buñuel
85 – Ben-Hur – Willian Wyler
86 – Fantasia - Walt Disney
90 – Um convidado bem trapalhão – Blake Edwards
96 – King Kong – Merian Cooper e Ernest Schoedsack
B) FILMES QUE EU NÃO VI ! NEM QUERO VER!
São aqueles filmes que são bons (feito a lista de schindler), mas eu não vi na época, depois enchi o saco dos comentários, depois esqueci e hoje não faço a mínima questão de ver! Não vou morrer por isto, nem você, que só vai morrer de trombose, porque não sai da frente deste computador!
58 – Os bons companheiros – Scorsese66 – Repulsa ao Sexo – Roman Polanski
71 – Patton-Rebelde ou herói – Franklin J. Schaffner
91 – A lista de Schindler – Spielberg
93 – O Pântano – Lucrecia Martel
94 – Cabaré – Bob Fosse
C) FILMES QUE VOCÊ, BICHA METIDA, TEM QUE VER
Elencados a dedos proctológicos para que você, aspirante a cineasta... você, muso de oclinhos da sessão de arte... você, ser diáfano... você, que diz XXXiklete... ver e comentar com o seu personal stylist!
13 – Persona – Bergman
16 – Os sete Samurais – Kurosawa
20 – Fitzcarraldo – Werner Herzog
40 – Deus e o Diabo na terra do Sol – Glauber
42 – Roma, Cidade Aberta – Rossellini
54 – Querelle – Rainer Werner Fassbinder
56 – Morte em Veneza – Luchino Visconti
63 – Ladrões de Bicicleta – De Sica
68 – Uma Rua Chamada pecado – Elia Kazan
72 – Tudo sobre minha mãe – Almodóvar
75 – Amor à Flor da Pele – Wong Kar-Wai
76 – Hiroshima, meu amor – Alain Resnais
Elencados a dedos proctológicos para que você, aspirante a cineasta... você, muso de oclinhos da sessão de arte... você, ser diáfano... você, que diz XXXiklete... ver e comentar com o seu personal stylist!
13 – Persona – Bergman
16 – Os sete Samurais – Kurosawa
20 – Fitzcarraldo – Werner Herzog
40 – Deus e o Diabo na terra do Sol – Glauber
42 – Roma, Cidade Aberta – Rossellini
54 – Querelle – Rainer Werner Fassbinder
56 – Morte em Veneza – Luchino Visconti
63 – Ladrões de Bicicleta – De Sica
68 – Uma Rua Chamada pecado – Elia Kazan
72 – Tudo sobre minha mãe – Almodóvar
75 – Amor à Flor da Pele – Wong Kar-Wai
76 – Hiroshima, meu amor – Alain Resnais
D) FILMES EXCELENTES
São aqueles que praticamente formaram o imaginário pop desta geração. Você não sabe de chongas nenhuma se não viu estes filmes, seu mané! Fiz algumas concessões a filmes antigos pois, apesar da idade, foram a matéria-prima de 99% dos filems do gênero , vide "a felicidade não se compra", refilmado umas 500 vezes, nas mais impensáveis variações, pelos tom hanks e meg ryans da vida, ou "rastros de ódio" que extrapola qualquer microcosmo de western!!! Pesquise cada um antes de locar, pra você não ficar puto comigo porque alugou "invasões bárbaras" junto com "o homem elefante", ou "dogville" com "guerra nas estrelas"... são combinações indigestas!
02 – O Poderoso Chefão – CoppolaSão aqueles que praticamente formaram o imaginário pop desta geração. Você não sabe de chongas nenhuma se não viu estes filmes, seu mané! Fiz algumas concessões a filmes antigos pois, apesar da idade, foram a matéria-prima de 99% dos filems do gênero , vide "a felicidade não se compra", refilmado umas 500 vezes, nas mais impensáveis variações, pelos tom hanks e meg ryans da vida, ou "rastros de ódio" que extrapola qualquer microcosmo de western!!! Pesquise cada um antes de locar, pra você não ficar puto comigo porque alugou "invasões bárbaras" junto com "o homem elefante", ou "dogville" com "guerra nas estrelas"... são combinações indigestas!
04 – Um corpo que Cai – Hitchcock
10 – Rastros de ódio – John Ford
15 – 2001-Uma odisséia no espaço – Kubrick
18 – Taxi Driver – Scorsese
30 – Noivo Neurótico, Noiva Nervosa – Woody Allen
32 – Apocalyse Now – Coppola
33 – Era uma vez no Oeste – Sergio Leone
35 - Piscose - Hitchcock
37 – Touro Indomável – Scorsese
41 – Dr.Fantástico – Kubrick
44 – Chinatown – Roman Polanski
45 – A felicidade não se compra – Frank Capra
50 – Laranja Mecânica – Kubrick
52 – O homem-elefante – Lynch
55 – A primeira Noite de um homem – Mike Nichols
57 – A última sessão de cinema – Peter Gobdanovich
59 – Blade Runner – Ridley Scott
64 – Asas do desejo – Wim Wenders
67 – Crimes e Pecados – Woody Allen
69 – Butch Cassidy e Sundance Kid – George Roy Hill
74 – Um Estranho no Ninho – Milos Forman
78 – Brazil-O Filme – Terry Gillian
88 – Dogville – Lars Von Trier
92 – Guerra nas Estrelas – George Lucas
95 – Operação França – Willian Friedkin
97 – Invasões Bárbaras – Denys Arcand
98 – Fargo – Joel e Ethan Coen
E) A MÃE DE QUEM?
A mãe de uma prima da tia do goleiro do bahia que quase levou o 1000º gol de Pelé já ouviu falar destes filmes. Imagina o sacrfício que deve ser ver "o sacrifício" do Tarkovsky, ou a originalidade de quem filmou "era uma vez em tóquio", ou quem diabos chama um filme de "viridiana"?!?! Passo e passe!
14 – O mensageiro do Diabo – Charles Laughton
19 – Era uma vez em Tóquio – Yasujiro Ozu
23 – O conformista – Bertolucci
27 – A aventura – Michelangelo Antonioni
29 – Viridiana – Luis Buñuel
36 – O Martírio de Joana D’arc – Carl Theodor Dreyer
38 – Olympia – Leni Riefenstahl
49 – O sacrifício – Tarkovski
77 – Kaos – Irmãos Taviani
F) HEIN?!?!!
Não sei o que fazem aqui estes filmes. Não é que sejam ruins (alguns são!) mas, cacete, o que diabos estes filmes estão fazendo nesta lista, ao invés de:
a) "meu ódio será tua herança", sam peckinpah;
b) "midnight cowboy", mike nichols;
c) "todos os homens do presidente", alan j. pakula;
d) "Super Xuxa contra o baixo astral", alguém;
e) "Cinderela baiana", ninguém????
70 – Os Imperdoáveis – Clinta) "meu ódio será tua herança", sam peckinpah;
b) "midnight cowboy", mike nichols;
c) "todos os homens do presidente", alan j. pakula;
d) "Super Xuxa contra o baixo astral", alguém;
e) "Cinderela baiana", ninguém????
83 – Los Angeles-Cidade proibida – Curtis Hanson
84 – Pixote-A lei do mais fraco – Hector Babenco
89 – O império dos sentidos – Nagisa Oshima
99 – M.A.S.H. – Altman
100 – Lavoura Arcaica – Luis Fernando Carvalho
G) FILMES QUE EU, EU!, NÃO GOSTO!
Não vou explicar. Não gosto. Talvez eu seja só chato.
65 – Pulp Fiction – Tarantino
80 – Cidade de Deus – Meirelles
Não vou explicar. Não gosto. Talvez eu seja só chato.
65 – Pulp Fiction – Tarantino
80 – Cidade de Deus – Meirelles
Videogames memoráveis, (minha) história e lista
Em 1985 meu pai procurava um computador para comprar, se hoje algumas pessoas consideram complicado, antigamente era muito, mas muito mais. Certa noite, ele estava no shopping quase caindo na besteira de comprar um CP-500, um micro que, além de muito feio (sempre foi), era bastante limitado. Desistiu porque não teve tempo de se decidir (a loja estava fechando, na época as lojas do shopping fechavam às 21h). Passaram algumas semanas e ele entrou num consórcio Sharp para aquisição de um HotBit, plataforma MSX - e foi contemplado no primeiro sorteio, uma semana depois.
Após notar que o Basic (linguagem de programação nativa dos MSX brasileiros) não era ultra-divertido para seus rebentos, rendeu-se aos apelos dos filhos e deu, a cada um, um jogo, que na época era tão caro quanto hoje. Meu irmão ganhou o "Galaga", eu, mais novo, ganhei o "Corrida Maluca" (ridículo, mas foi assim), ambos em formato de cartucho. Jogamos até morrer estes dois jogos, a música do "Corrida Maluca" ainda está soando no meu cérebro e os efeitos especiais das naves-insetos do Gálaga, quando saíam para o ataque, também.
Depois de quase 23 anos, passei por muitos computadores e seus respectivos jogos: MSX, MSX2, IBM PC-AT 286, PC 486 DX4, Pentium, Pentium II, Pentium IV.
Sempre se falou que o bom do computador é flexibilidade em comparação aos consoles, mas isto me cansou. Sempre tinha que ver se havia Mega-Ram instalada (MSX), depois veio a história do co-processador aritimético, depois vieram os kits multimedia que custavam os olhos da cara, quanto de memória RAM?, depois se tinha espaço no HD, logo em seguida o slot AGP, e depois as placas de vídeo com mais memória do que a RAM da placa-mãe, e depois a PCI-Express e, por fim, os processadores cheios de núcleos. Isto é um saco, mas suportei por vários e vários anos, até que comprei um PlayStation2 no ano passado.
Nesta longa caminhada, posso enumerar alguns jogos que, para mim, são inesquecíveis. Não cheguei ao fim de todos, mas joguei bastante todos eles:
Para finalizar, li no Meio Bit Games que o jogo Flashback foi reescrito por um programador e ganhou versão para várias plataformas. Fui lá, baixei para o PS2, queimei o CD e funcionou! Quase perfeito: a tela não ocupa todo o espaço da TV. Mas é absolutamente jogável. Além de PS2, ele é reescrito para Windows, Nintendo DS, PSP, WinCE, PalmOS, MacOS X.
Após notar que o Basic (linguagem de programação nativa dos MSX brasileiros) não era ultra-divertido para seus rebentos, rendeu-se aos apelos dos filhos e deu, a cada um, um jogo, que na época era tão caro quanto hoje. Meu irmão ganhou o "Galaga", eu, mais novo, ganhei o "Corrida Maluca" (ridículo, mas foi assim), ambos em formato de cartucho. Jogamos até morrer estes dois jogos, a música do "Corrida Maluca" ainda está soando no meu cérebro e os efeitos especiais das naves-insetos do Gálaga, quando saíam para o ataque, também.
Depois de quase 23 anos, passei por muitos computadores e seus respectivos jogos: MSX, MSX2, IBM PC-AT 286, PC 486 DX4, Pentium, Pentium II, Pentium IV.
Sempre se falou que o bom do computador é flexibilidade em comparação aos consoles, mas isto me cansou. Sempre tinha que ver se havia Mega-Ram instalada (MSX), depois veio a história do co-processador aritimético, depois vieram os kits multimedia que custavam os olhos da cara, quanto de memória RAM?, depois se tinha espaço no HD, logo em seguida o slot AGP, e depois as placas de vídeo com mais memória do que a RAM da placa-mãe, e depois a PCI-Express e, por fim, os processadores cheios de núcleos. Isto é um saco, mas suportei por vários e vários anos, até que comprei um PlayStation2 no ano passado.
Nesta longa caminhada, posso enumerar alguns jogos que, para mim, são inesquecíveis. Não cheguei ao fim de todos, mas joguei bastante todos eles:
MSX | PC |
Galaga Hyper-Rally Ye-Ar Kung Fu II Pay-Load The Castle Zanac Knightmare Arkanoid Elite Penguin Adventure Thexder Nemesis Hyper-Sports 1, 2 e 3 Rescate Atlántida F1-Spirit Magical Kid Wiz Metal Gear 1942 Konami's Soccer | Prince of Persia Test Drive Stunts Flashback Out of this World Wolfstein 3D Doom Doom II Quake Duke Nukem 3d Halflife GTA GTA Vice City Medal of Honor: Allied Assault Call of Duty Warcraft II Starcraft Age of Empires, II, Ages of Kings e Ages of Mythology Need for Speed Underground FIFA Soccer (do 94 ao 2006) |
Megadrive | PlayStation 2 |
Sonic, the hedgehog | Medal of Honor: European Assault Call of Duty III Black GTA Liberty City Stories God of War Winning Eleven 10 |
Para finalizar, li no Meio Bit Games que o jogo Flashback foi reescrito por um programador e ganhou versão para várias plataformas. Fui lá, baixei para o PS2, queimei o CD e funcionou! Quase perfeito: a tela não ocupa todo o espaço da TV. Mas é absolutamente jogável. Além de PS2, ele é reescrito para Windows, Nintendo DS, PSP, WinCE, PalmOS, MacOS X.
18.12.07
Não pagarás...
Há anos, era um dos meus lemas "não pagarás por algo da Internet". Com a idade e as resposabilidades, a coisa aperta e você começa a ficar mais manso. Primeiro, deixei o acesso gratuito por uma boa conta do UOL (sacomé, conteúdo, estabilidade, etc...), depois fui obrigado a pagar tudo certinho por uma banda larga (não dá pra ficar inventando soluções "alternativas" toda hora!) e, recentemente, mais um bastião caiu: paguei pra jogar!!!
O responsável por isto foi o game mais jogado atualmente, mais de 8 milhões de pessoas se convenceram, assim como eu, que valia a pena pagar para jogar World of Warcraft , da Blizzard.
Mas eu não abri as pernas tão rápido, inicialmente joguei por um bom mês em um server pirata, que existem aos pipocos, facilmente localizáveis no google, inclusive servidores brasileiros.
Depois que me cansei dos bugs destes servers, já completamente obcecado pelo jogo, fuçando na página oficial vi uma opção que muito me atraiu: fazer o trial de 10 dias do jogo original. A única pegadinha é que o trial não está aberto pra brasileiros, então você tem que fingir que é americano, i.e., simplesmente use umfirewall proxy pra disfarçar seu ip e pluft, o site aceita que você se cadastre nesta opção. É claro que esta manobrinha pode ser encarada como desrespeito do contrato pela Blizzard, mas e daí? Melhor do que ter que pagar de cara o jogo!
Um detalhezinho que eu derrapei, e que você, leito, não precisa fazer é: FAÇA PRIMEIRO O DOWNLOAD DO JOGO, só depois ative sua conta :) , pois eu demorei um tempinho e perdi alguns dias do trial, como todo mané faria!
E foi lá que eu vi o céu! Nada de bugs, nada de propagandas, missões aos borbotões, gente pra cacete, promoções, eventos e o escambau...
Não resisti e comprei o jogo pelo site mesmo e cá estou eu, uns 10 meses depois, ainda jogando (embora a patroa quase me mate às vezes!!!)
Com o tempo, você acaba cansado de ficar pra lá e pra cá em Ironforge, de torcer pra que coloquem um Flying Point em Thousand Needles, de ficar matando mobs e mais mobs em Strangletorn Valley, e resolve ver se existe mais alguma coisa na net além do WOW.
Tentando fazer o mesmo percurso, encontrei alguns jogos conceituados que também permitem o trial. Só troco o WOW, apesar do cansaço, por algum outro game que me anime, e só posso me animar se jogar ANTES!!!
O primeiro que estou tentando é o City of Heroes, baseado em um universo povoado por super-herois e vilões, que tenta fugir um pouco dos temas tolkianos da maioria dos MMORPG. Descobri um trial para este jogo e estou vendo se vale a pena abandonar o WOW mesmo. O trial também exige que você seja dos USA, mas não é necessário usarfirewall proxy nem nada, é só você dizer que é americano lá no site da promoção e pluft. Mais uma vez, é bom baixar o jogo antes de ativar a conta (isto é feito através de um pequeno programa chamado cohupdater.exe).
Outros bons jogos também podem ser jogados em trial (embora eu não tenha testado ainda):
- Lord of The Rings On-Line (7 dias de trial);
- Tabula Rasa (3 dias é sacanagem, mas...).
E lá vou eu...
O responsável por isto foi o game mais jogado atualmente, mais de 8 milhões de pessoas se convenceram, assim como eu, que valia a pena pagar para jogar World of Warcraft , da Blizzard.
Mas eu não abri as pernas tão rápido, inicialmente joguei por um bom mês em um server pirata, que existem aos pipocos, facilmente localizáveis no google, inclusive servidores brasileiros.
Depois que me cansei dos bugs destes servers, já completamente obcecado pelo jogo, fuçando na página oficial vi uma opção que muito me atraiu: fazer o trial de 10 dias do jogo original. A única pegadinha é que o trial não está aberto pra brasileiros, então você tem que fingir que é americano, i.e., simplesmente use um
Um detalhezinho que eu derrapei, e que você, leito, não precisa fazer é: FAÇA PRIMEIRO O DOWNLOAD DO JOGO, só depois ative sua conta :) , pois eu demorei um tempinho e perdi alguns dias do trial, como todo mané faria!
E foi lá que eu vi o céu! Nada de bugs, nada de propagandas, missões aos borbotões, gente pra cacete, promoções, eventos e o escambau...
Não resisti e comprei o jogo pelo site mesmo e cá estou eu, uns 10 meses depois, ainda jogando (embora a patroa quase me mate às vezes!!!)
Com o tempo, você acaba cansado de ficar pra lá e pra cá em Ironforge, de torcer pra que coloquem um Flying Point em Thousand Needles, de ficar matando mobs e mais mobs em Strangletorn Valley, e resolve ver se existe mais alguma coisa na net além do WOW.
Tentando fazer o mesmo percurso, encontrei alguns jogos conceituados que também permitem o trial. Só troco o WOW, apesar do cansaço, por algum outro game que me anime, e só posso me animar se jogar ANTES!!!
O primeiro que estou tentando é o City of Heroes, baseado em um universo povoado por super-herois e vilões, que tenta fugir um pouco dos temas tolkianos da maioria dos MMORPG. Descobri um trial para este jogo e estou vendo se vale a pena abandonar o WOW mesmo. O trial também exige que você seja dos USA, mas não é necessário usar
Outros bons jogos também podem ser jogados em trial (embora eu não tenha testado ainda):
- Lord of The Rings On-Line (7 dias de trial);
- Tabula Rasa (3 dias é sacanagem, mas...).
E lá vou eu...
17.12.07
In Rainbows
Nunca fui um grande fã do Radiohead. Em fato, escutei muito tarde quando a banda estourou e me fixei basicamente em dois discos: The Bends e OK Computer. Ouvi-os compulsivamente ali pelo fim de 98, começo de 99, o que garantiu até uma ouvidinha no "Pablo Honey". Deste último, não consegui escutar praticamente nada além de "Creep" e "Anyone Can Play A Guitar". Achei o disco esquecível, como se a banda ainda não houvesse encontrado um caminho.
No caso dos outros dois, deixava-os rolando em repeat + random no velho winamp, e praticamente os tratava como se fosse um só disco. Depois, olhando em detalhe, vi que gostava até mais do The Bends do que do aclamado OK Computer, até hoje gosto muito de ouvir "Planet Telex" com cara de "tímido desespero" (hehe!).
Quando a banda iniciou a viagem em torno de si mesma, i.e., "Kid A", "Amnesiac", perdi o interesse, deixei que os "fãs de verdade" curtissem o som e me abstive de dizer qualquer coisa. Eventualmente até cheguei a gostar de "How To Dissapear Completly", muito por causa de uma publicação anônima que encontrei na net, realmente ensinando como "desaparecer completamente".
Mas deixei qualquer coisa relativa à banda em quinto plano, apenas não me chamava mais atenção, até que um amigo me pediu um favor:
"Cara, sem querer abusar nem nada... daria pra você comprar o disco novo do Radiohead pra mim? É que só vende pela internet..."
"Pô, e porquê você mesmo não compra?"
"É que tem que ser com cartão internacional!"
"Ah, e você não tem?"
"Não..."
"Por que não faz um?"
"Ah, sei lá... você se importa?"
"Não, acho que não, posso tentar... qual é o site?"
" http://www.inrainbows.com/ "
"Ok, vou tentar!"
E lá me fui. O site era muito básico, o que me causou boa impressão. Com poucos cliques, pude escolher se querer me cadastrar apenas para baixar o CD (pagando se quiser) ou encomendar a edição foderosa DISCBOX! O meu amigo já começado a baixar o cd e, como era um fã alucinado, queria o Discbox.
(Parênteses: A velocidade de conexão estava péssima pois trocentas milhões de pessoas estavam tentando baixar o lance no site, era justamente o dia da liberação do download - 10 de outubro, o que detonou os servidores, coisa que sempre acontece! Sugeri a ele tentar baixar de quem já baixou, isto é, buscar o album no soulseek, emule, .torrent ... coisa que eu mesmo fiz!) .
Dei uma fuçada no geral do site, me deparei com um FAQ simples sobre as alternativas no site, que indico a leitura.
Se eu fosse fazer o download ali, não pagaria nada por 2 motivos:
- não tenho mais interesse na banda;
- não costumo pagar por coisas baixadas na net;
Como não ia baixar, pagando ou não, fui direto no "order" do Discbox. O cadastro foi relativamente simples e o preço ficaria em torno de £40,00 (quarenta libras, incluindo postagem PARA QUALQUER LUGAR DO MUNDO!!!! VILXE!!!), valor que meu amigo disse que pagaria numa boa. Depois de ver o que tinha do DISCBOX, entendi a ânsia dele, mesmo tendo que pagar um bom preço:
"DISCBOX
THIS CONSISTS OF THE NEW ALBUM, IN RAINBOWS, ON CD AND ON 2 X 12 INCH HEAVYWEIGHT VINYL RECORDS. A SECOND, ENHANCED CD CONTAINS MORE NEW SONGS, ALONG WITH DIGITAL PHOTOGRAPHS AND ARTWORK.THE DISCBOX ALSO INCLUDES ARTWORK AND LYRIC BOOKLETS.ALL ARE ENCASED IN A HARDBACK BOOK AND SLIPCASE."
Cacete, que espetáculo! Uma obra de arte! Incluindo tudo isto, mais a postagem, valia MUITO a pena comprar o lance! Terminado tudo, me prometeram enviar uma confirmação de compra (a qual nunca chegou! Mas eu escrevi para eles e eles me confirmaram mais "pessoalmente" a coisa! ).
Algum tempo depois, recebi a fatura do meu cartão de crédito e lá estava o débito, em dólares, o que, depois da conversão deu ali por volta de R$ 142,30 . Um preço muitíssimo bom, em vista de tudo que contém!
E cá estava eu esperando o pacote para remetê-lo logo em seguida para o meu amigo, quando comecei a ver trocentas notícias e blogs na net sobre a quantidade de pessoas que não havia pago nada pelo download, praticamente colocando a questão como se fosse um "calote" generalizado na banda.
Depois de alguns dias, em um comunicado oficial, a banda esclareceu que nem eles, nem os responsáveis pelo site sabiam ainda das contas totais, então, como diabos elas estavam sendo alardeadas na net?!?!
Simples. Propaganda. Tenho absoluta certeza que 99% das "matérias" originais, isto é, aquelas que não foram apenas reproduções ad infinitum (coisa do jornalequismo atual!), tinha uma agenda: colocar toda a empreitada do Radiohead como um mal negócio. Não é nem necessário dizer a quem interessaria o fracasso do projeto. Para não dizer que não falei de flores de plástico, basta dizer que a EMI relançou todos os CDS da banda, justamente quando viu o sucesso de público e crítica do projeto, numa tentativa de capitalizar em cima.
Creio que existem várias razões para dizer que a iniciativa da banda foi um sucesso:
1 - O número de downloads foi astronômico;
2 - A qualidade do material do DISCBOX atraiu uma grande parcela de fãs e não fãs, já que até gente como eu ficou com vontade de possui-lo;
3 - Os custos de divulgação foram praticamente minimos, com um retorno espetacular;
4 - Os custos de distribuição também serão poucos, visto que a banda está cobrando um preço fixo pelo produto e envio, o que foi previamente estudado, com certeza;
5 - Os lucros serão praticamente revertidos integralmente para a banda, sem intermediação de gravadora, sem jaba, sem frescurite x ou y;
Não acho que tenha mais jeito das coisas serem como antes, as gravadoras são dinossauros não só como modelo de negócio, mas também como modelo de ambição, de lucro. Quem diabos é um executivo de gravadora a não ser um vampiro escroto do talento dos outros?Torço muito que estas iniciativas se espalhem, como parece já estar acontecendo, vide o novo disco do Nine Inch Nails (banda que NUNCA me interessou mas está sempre envolvida com novas tendencias na música)!
E cá ainda estou eu esperando o DISCBOX, que dizem que vai chegar aqui em casa lá pelo dia 3 de dezembro; ainda, como brinde, táqui a "How to Disappear..." pra quem quiser ouvir:
p.s.: na verdade, existe um plano da minha esposa de abrir o lance, discretamente, antes de enviar para o meu amigo... mas não contem a ninguém!
No caso dos outros dois, deixava-os rolando em repeat + random no velho winamp, e praticamente os tratava como se fosse um só disco. Depois, olhando em detalhe, vi que gostava até mais do The Bends do que do aclamado OK Computer, até hoje gosto muito de ouvir "Planet Telex" com cara de "tímido desespero" (hehe!).
Quando a banda iniciou a viagem em torno de si mesma, i.e., "Kid A", "Amnesiac", perdi o interesse, deixei que os "fãs de verdade" curtissem o som e me abstive de dizer qualquer coisa. Eventualmente até cheguei a gostar de "How To Dissapear Completly", muito por causa de uma publicação anônima que encontrei na net, realmente ensinando como "desaparecer completamente".
Mas deixei qualquer coisa relativa à banda em quinto plano, apenas não me chamava mais atenção, até que um amigo me pediu um favor:
"Cara, sem querer abusar nem nada... daria pra você comprar o disco novo do Radiohead pra mim? É que só vende pela internet..."
"Pô, e porquê você mesmo não compra?"
"É que tem que ser com cartão internacional!"
"Ah, e você não tem?"
"Não..."
"Por que não faz um?"
"Ah, sei lá... você se importa?"
"Não, acho que não, posso tentar... qual é o site?"
" http://www.inrainbows.com/ "
"Ok, vou tentar!"
E lá me fui. O site era muito básico, o que me causou boa impressão. Com poucos cliques, pude escolher se querer me cadastrar apenas para baixar o CD (pagando se quiser) ou encomendar a edição foderosa DISCBOX! O meu amigo já começado a baixar o cd e, como era um fã alucinado, queria o Discbox.
(Parênteses: A velocidade de conexão estava péssima pois trocentas milhões de pessoas estavam tentando baixar o lance no site, era justamente o dia da liberação do download - 10 de outubro, o que detonou os servidores, coisa que sempre acontece! Sugeri a ele tentar baixar de quem já baixou, isto é, buscar o album no soulseek, emule, .torrent ... coisa que eu mesmo fiz!) .
Dei uma fuçada no geral do site, me deparei com um FAQ simples sobre as alternativas no site, que indico a leitura.
Se eu fosse fazer o download ali, não pagaria nada por 2 motivos:
- não tenho mais interesse na banda;
- não costumo pagar por coisas baixadas na net;
Como não ia baixar, pagando ou não, fui direto no "order" do Discbox. O cadastro foi relativamente simples e o preço ficaria em torno de £40,00 (quarenta libras, incluindo postagem PARA QUALQUER LUGAR DO MUNDO!!!! VILXE!!!), valor que meu amigo disse que pagaria numa boa. Depois de ver o que tinha do DISCBOX, entendi a ânsia dele, mesmo tendo que pagar um bom preço:
"DISCBOX
THIS CONSISTS OF THE NEW ALBUM, IN RAINBOWS, ON CD AND ON 2 X 12 INCH HEAVYWEIGHT VINYL RECORDS. A SECOND, ENHANCED CD CONTAINS MORE NEW SONGS, ALONG WITH DIGITAL PHOTOGRAPHS AND ARTWORK.THE DISCBOX ALSO INCLUDES ARTWORK AND LYRIC BOOKLETS.ALL ARE ENCASED IN A HARDBACK BOOK AND SLIPCASE."
Cacete, que espetáculo! Uma obra de arte! Incluindo tudo isto, mais a postagem, valia MUITO a pena comprar o lance! Terminado tudo, me prometeram enviar uma confirmação de compra (a qual nunca chegou! Mas eu escrevi para eles e eles me confirmaram mais "pessoalmente" a coisa! ).
Algum tempo depois, recebi a fatura do meu cartão de crédito e lá estava o débito, em dólares, o que, depois da conversão deu ali por volta de R$ 142,30 . Um preço muitíssimo bom, em vista de tudo que contém!
E cá estava eu esperando o pacote para remetê-lo logo em seguida para o meu amigo, quando comecei a ver trocentas notícias e blogs na net sobre a quantidade de pessoas que não havia pago nada pelo download, praticamente colocando a questão como se fosse um "calote" generalizado na banda.
Depois de alguns dias, em um comunicado oficial, a banda esclareceu que nem eles, nem os responsáveis pelo site sabiam ainda das contas totais, então, como diabos elas estavam sendo alardeadas na net?!?!
Simples. Propaganda. Tenho absoluta certeza que 99% das "matérias" originais, isto é, aquelas que não foram apenas reproduções ad infinitum (coisa do jornalequismo atual!), tinha uma agenda: colocar toda a empreitada do Radiohead como um mal negócio. Não é nem necessário dizer a quem interessaria o fracasso do projeto. Para não dizer que não falei de flores de plástico, basta dizer que a EMI relançou todos os CDS da banda, justamente quando viu o sucesso de público e crítica do projeto, numa tentativa de capitalizar em cima.
Creio que existem várias razões para dizer que a iniciativa da banda foi um sucesso:
1 - O número de downloads foi astronômico;
2 - A qualidade do material do DISCBOX atraiu uma grande parcela de fãs e não fãs, já que até gente como eu ficou com vontade de possui-lo;
3 - Os custos de divulgação foram praticamente minimos, com um retorno espetacular;
4 - Os custos de distribuição também serão poucos, visto que a banda está cobrando um preço fixo pelo produto e envio, o que foi previamente estudado, com certeza;
5 - Os lucros serão praticamente revertidos integralmente para a banda, sem intermediação de gravadora, sem jaba, sem frescurite x ou y;
Não acho que tenha mais jeito das coisas serem como antes, as gravadoras são dinossauros não só como modelo de negócio, mas também como modelo de ambição, de lucro. Quem diabos é um executivo de gravadora a não ser um vampiro escroto do talento dos outros?Torço muito que estas iniciativas se espalhem, como parece já estar acontecendo, vide o novo disco do Nine Inch Nails (banda que NUNCA me interessou mas está sempre envolvida com novas tendencias na música)!
E cá ainda estou eu esperando o DISCBOX, que dizem que vai chegar aqui em casa lá pelo dia 3 de dezembro; ainda, como brinde, táqui a "How to Disappear..." pra quem quiser ouvir:
p.s.: na verdade, existe um plano da minha esposa de abrir o lance, discretamente, antes de enviar para o meu amigo... mas não contem a ninguém!
MP3 e maus ouvidos
O fim do CD como formato de distrubuição de música está próximo - e isto é uma pena. Se fosse pela evolução da qualidade, como uma mudança de formato para os (natimortos) SACD ou DVD-Audio, seria ótimo, mas tudo leva a crer que vamos acabar ouvindo o ruído abafado de arquivos MP3 a 128kbps de bitrate. Lástima.
Os mais exigentes ripam ou procuram baix... aliás, comprar MP3 a 192kbps - tolinhos. Ainda há uma distância abissal entre este bitrate e a qualidade que um CD proporciona a bons ouvidos (e bons autofalantes, ok... ok...). Preciosismo? Não, não é. Na Nona, segundo movimento, por exemplo: quando rufam os tímpanos (o instrumento, não aquilo que fica dentro do seu ouvido), em MP3 o som parece sair de um banheiro sem eco. O velho Beethoven morderia o lábio inferior - mesmo quase surdo.
Praticamente a qualidade da maioria das músicas a 192kbps fica muito semelhante às gravadas em CD. Porém, tecnicamente, o algoritmo do MP3 não é recomendado para certos tipos de música - mesmo que você ripe com o LAME a 256kbps. As músicas clássicas, principalmente certos instrumentos de orquestra, não terão a qualidade preservada. Mas quem diabos escuta música clássica? Poucos velhos e muitos bossais (incluindo bossais velhos e velhos bossais). Infelizmente, dependendo do headphone ou do equipamento de som, a diferença será notada, mesmo numa ou noutra música - nestes casos tenho a impressão de que estou perdendo alguma coisa.
A evolução, notoriamente, é por praticidade e preço. Um MP3 se carrega para qualquer lugar dentro de um player de R$ 50,00. Poucos querem o encarte (quando há encarte). Poucos querem todas as músicas de um álbum (é a busca pelos hits disfarçada de "liberdade de escolha"). Um CD ocupa muito espaço, 10 deles mutíssimo espaço, quarenta deles não cabem nos apartamentos de hoje em dia - mas vinte discografias completas cabem em 3 cm³. Muitos cacarejam que "as gravadoras oprimem os músicos", que elas "ficam com a maioria do lucro", etc. - mais uma bela desculpa para conseguir, com a consciência imaculada, uma penca de músicas de graça.
Sendo franco, às vezes me pergunto: realmente é necessário tanta qualidade para certos tipos de música? A resposta vem rápido: não, margaritas ante porcos.
Nada pessoal, claro.
p.s.: Não, não sou associado à RIAA, nem pertenço ao lobby das gravadoras brasileiras.
Os mais exigentes ripam ou procuram baix... aliás, comprar MP3 a 192kbps - tolinhos. Ainda há uma distância abissal entre este bitrate e a qualidade que um CD proporciona a bons ouvidos (e bons autofalantes, ok... ok...). Preciosismo? Não, não é. Na Nona, segundo movimento, por exemplo: quando rufam os tímpanos (o instrumento, não aquilo que fica dentro do seu ouvido), em MP3 o som parece sair de um banheiro sem eco. O velho Beethoven morderia o lábio inferior - mesmo quase surdo.
Praticamente a qualidade da maioria das músicas a 192kbps fica muito semelhante às gravadas em CD. Porém, tecnicamente, o algoritmo do MP3 não é recomendado para certos tipos de música - mesmo que você ripe com o LAME a 256kbps. As músicas clássicas, principalmente certos instrumentos de orquestra, não terão a qualidade preservada. Mas quem diabos escuta música clássica? Poucos velhos e muitos bossais (incluindo bossais velhos e velhos bossais). Infelizmente, dependendo do headphone ou do equipamento de som, a diferença será notada, mesmo numa ou noutra música - nestes casos tenho a impressão de que estou perdendo alguma coisa.
A evolução, notoriamente, é por praticidade e preço. Um MP3 se carrega para qualquer lugar dentro de um player de R$ 50,00. Poucos querem o encarte (quando há encarte). Poucos querem todas as músicas de um álbum (é a busca pelos hits disfarçada de "liberdade de escolha"). Um CD ocupa muito espaço, 10 deles mutíssimo espaço, quarenta deles não cabem nos apartamentos de hoje em dia - mas vinte discografias completas cabem em 3 cm³. Muitos cacarejam que "as gravadoras oprimem os músicos", que elas "ficam com a maioria do lucro", etc. - mais uma bela desculpa para conseguir, com a consciência imaculada, uma penca de músicas de graça.
Sendo franco, às vezes me pergunto: realmente é necessário tanta qualidade para certos tipos de música? A resposta vem rápido: não, margaritas ante porcos.
Nada pessoal, claro.
p.s.: Não, não sou associado à RIAA, nem pertenço ao lobby das gravadoras brasileiras.
Assinar:
Postagens (Atom)