It Might Get Loud – II (atualizado com links!)

O nosso novo colaborador, S. Kastor, estreou com um post muito EQUIVOCADO, degradando a imagem de um dos maiores compositeurs, realizateurs, instrumentareurs, fodedeurs de todos os tempos: Dave "the edge" Evans.

Não posso permitir isto. De duas, então, uma: ou o expulso do blog, ou defenestro as acusações SEM BASE NOS FATOS, SEM RETORNO NO P.A., SEM ITON ACIMA DA VOZ.

Sou doido por iogurte natural, então soube de cara que o documentário It Might Get Loud seria interessante, pois eu iria assisti-lo com "sabor natural, médio e três toppings" da Yogoberry.

Quando S.Kastor estava em minha casa na Gávea, tão bêbado que acha que estava em Botafogo, bebericando uma garrafão de vinho carreteiro como se fosse cointreau, neste calor filhodaputa do Rio-2010, adentrou na sala uma muriçoca, cujas listras em seu corpo davam um pequeno indício de poder se tratar de um mosquito da dengue. A muriçoca então me mordeu, fazendo-me entrar em pânico e pular pela janela do 10º andar.

Ainda bem que eu estava bêbado, e tudo não passou de uma alucinação induzida pelas gotas de alvejante Vanish que inseri no garrafão de carreteiro para "completar".

Mais emoções desencontradas na continuação.

Como eu não disse ainda, o S. Kastor viu antes de mim o filme It Might Get Loud (algo como "Aquilo Poderoso Consigo Alto" no tradutor do Google). COMPREI o DVD pela amazon.sv, já lançado na região 9, que fica ali por Svalbard, no ártico; e, apesar de ter visto nele um indivíduo e um comediante que nunca poderiam estar na mesma frase que diz: "FOGO, corram para a saída mais próxima!", comecei a vê-lo.

Que Robert Plant é o Serguei do Rock, todo mundo sabe. Que o Led Zepellin é uma banda que deveria ter acabado quando o baterista morreu, é escorregar no quiabo. Agora, que o Jimmy Page parece uma mistura da Margareth Tatcher com um integrante do Monty Python reprovado por falta de "talento", isso nenhum fã sabia!

BAZINGA!

ADRIANA PARATIMPIM!!!

Bem comparado, Jimmy Page é uma espécie de homo sapiens sapiens, evoluído do homo sapiens, que apaeceu sobre a terra por volta de 300.000 a.C. Se você tirar o dedo médio, a guitarra, e o beiço de vovó-quero-chá do Page, o que sobra? No máximo o personagem Loretta, de a Vida de Brian.

Mas o documentário em pauta não é só sobre ele, felizmente. É também sobre um grande sujeito chamado DAVE EVANS. O cara que, antes de perder o cabelo e ganhar rios de dinheiro enquanto o Bono finge que faz caridade, queria ser caixa de banco, mas leu errado um anúncio e foi parar numa banda de rock; o cara que inventou a guitarra sem braços e sem cordas (o chamado pandeiro elétrico); o cara que pediu várias vezes para sua mãe parar de envergonhá-lo na frente dos amigos porque estava usando ceroulas e oferecendo sanduíches de atum enquanto eles ensaiavam na garagem. O Cara, enfim.

Para fechar a trinca, chamaram um tal Jack Black, também conhecido como o humorista que sempre faz as mesmas caretas. Como é meu dever-de-casa ter sempre alguma coisa pra falar mal de alguém, digo que o cara parece um Johnny Depp em Widescreen, alargaram a cara do outro pra 16:4. Pô, Jack, o Bob Dylan não falar coisa com coisa, pode. Mas você ficar fazendo careta e arquear a sobrancelha até quando lhe perguntam as horas, não pode.

Mas, surpreendentemente, ao contrário de Page (argh!), Jack Black tem algum talento como comediante. Isso fica claro logo no começo do filme, quando ele constrói um Large Hadron Collider mambembe com um chiclete mascado, um absorvente íntimo usado e 7 bilhões de euros, mandando uma onda de medo por toda a comunidade científica de que o mundo pode acabar com a geração de um buraco negro nas cercanias de Geneve.

(Enquanto isto, LeBron James marca vários pontos, e o Cleveland Cavaliers já vence 13 partidas seguidas.)

Voltando, Jimmy "Loretta" Page começa o doc com uns 300 ml de silicone enxertados, quando ele pega na trozoba que ele chama de guitarra, mas tem formato de pênis, os outros dois ficam enojados e só não saem da sala porque foram pagos pela produção.

(Ao longo da partida, LeBron James também fez 17 assistências, 8 tocos e dois xingamentos contra a mãe do juiz de fundo.)

Voltando, Jack Black faz a sua perfomance padrão de air guittar, balançando o corpo enquanto pula e caí sobre algumas caixas, levantando em seguida e dizendo que está tudo bem, tudo bem.

E então chega novamente a parte de Loretta, ele vai mostrar aos outros o que sabe sobre o direito dos homens serem reconhecidos como mulheres, se assim o que quiserem. Preparação, luzes, aí é aquela coisa e tal: passa o rimel, verifica o bustiê, escolhe a cor da base do rosto, etc... DAVE "RICO" EVANS finge (bem) que pegaria o "amigo" em uma noite escura, fria e bêbada em Dublin; Jack Black continua pulando e rindo hyenamente, com as sobrancelhas arqueadas, achando que está no filme "Escola do Rock". O sincofanta amigo de travestismo de Robert Plant termina mesmo sem pegar ninguém, porque é um traveco muito feio, cacete.

Resumindo: se você não sabe o que é Large Hadron Collider, rimel, bustiê, trozoba, airguittar ou LeBron James, veja o documentário assim mesmo. O troço vale apenas pela presença marcante de DAVE "NEM PRECISO SABER TOCAR" EVANS, e é atrativo até para os fãs pan-sexuais do Led Zeppelin ou do White Stripes.

Há quem ainda não saiba diferenciar um pandeiro eletríco de uma guitarra mutilada, e há quem não admita que o travestismo no rock morreu com David Bowie, circa 1972, e ainda ande com um gigolette na cabeça. Mesmo estes pseudo-fakes, ou falsos-falsos, como diria PKD, não deixarão de se arrUpiar ao ver o DAVE "EU NÃO SOU CARECA, APENAS TENHO ENTRADAS AMPLAS" EVANS fazendo um beicinho quando cita as mortes do Sunday Bloody Sunday na Irlanda dos anos 70.

Vejam aí e tirem suas conclusões (contanto que as escrevam nos comentários e espalhem que o equivocando é um blog porcaria!)

P.s.: (especial para S.Kastor): repare na cena em que Loretta pisca os olhos várias vezes para Jack Black, insinuando que ele não sabe tocar se não tirar o cabelo da cara.

P.p.s.: esqueci completamente dos links, aqui vão:

It Might Get Loud (legenda)

E, abaixo, belas execuções dos verdadeiros mestres da guitarra, THE POP´s: