23.3.10

Série Millenium, os filmes (links atualizados)!

Stig Larsson foi um ativista político, editor de fanzines e escritor sueco. Gastou a maioria do seu tempo adulto de vida metido em campanhas políticas para uma tal "liga de trabalhadores comunistas", enquanto como fã de ficção científica publicava fanzines.

Como todo fã que se preze de livros, sonhava um dia em ser escritor, daí, quando tinha uma horinha vaga, depois do trabalho, escrevia umas coisinhas aqui e acolá.

De repente, aos 50 anos, Larsson tem um ataque cardíaco, que o levou a morte quase instantaneamente, em 9 de novembro de 2004.

O detalhe é que, pouco depois de sua morte, acharam os manuscritos de uma trilogia chamada "Millenium" em seu amontoado de papéis, e resolveram publicar.

Resultado: Em 2008, Larsson foi o segundo autor mais vendido no mundo inteiro, apenas atrás daquele tal de Khaled Hosseini (aquele das pipas e tal). Pelas contas da Wilkipedia, em 2010, a Trilogia já havia vendido 27 milhões de cópias, em mais de 40 países.

Que vidinha, hein? Virar milionário depois de morto.


Não li os livros, confesso. Li algo sobre eles no blog do Zeca Camargo, que é metido pra cacete a “antenado”, o que ele é, e só. Qualquer coisinha que faça sucesso, aparece no blog do Zequinha, nem precisa ser tão bom, que ele defende do mesmo jeito.

Mas, certo dia, procurando algo legal pra assistir, me deparei com a primeira adaptação da trilogia: Os homens que odiavam as mulheres. Gostei do visual frio das fotos do filme, mais ainda da atriz esquisitinha-tatuada-problemática, então baixei.

Basicamente, a trilogia conta a história de Lisbeth Salander, uma garotinha que, após ver os abusos que seu pai praticamente com sua mãe, resolve matá-lo, jogando uma lata de querosene nele e tocando fogo. A menina é internada em um hospital psiquiátrico e passa quase toda a sua vida lá. Quando sai, é monitorada constantemente por tutores fdputas e tem que se virar com o que resta de sua psique. O caminho dela cruza com o de Mikael Blomkvist, um jornalista envolvido em um escândalo e que, apesar de competente, se deixou enganar em uma matéria armada por um político.

A cada filme/livro, sabemos um pouco mais de Lisbeth, e da trama em que ela está envolvida desde pequena. Mikael, como bom jornalista e pegador, vai desvendando tudo, enquanto se envolve com ela, em um relacionamento que, às vezes, parece paterno, às vezes, parece sexual. Algo como um incesto emocional e socialmente aceitável.

O primeiro filme, “os homens que odiavam as mulheres” (ou “a garota com o dragão tatuado”), é bom, nada que você saia pelas ruas, correndo, gritando, arrancando os cabelos (que eu não tenho!), para que todo mundo veja o filme. Mas, em se tratando de thrillers, é ok! Conspirações, assassinatos, sexo selvagem, e a personagem esquisita-bonita-problemática-hacker me conquistou, apesar de ser mais macho que o Campello, o S. Kastor e eu juntos (embora menos macho que o Sísifo, que é praticamente um Hércules)!

Lisbeth e Mikael são envolvidos na procura de um serial killer que anda matando mulheres pela Suécia há décadas, um tema batido, mas que fica interessante por causa da visão sueca da coisa (a Maíra contou que os suecos a-d-o-r-a-m livros de assassinato!).

No segundo filme/livro, “a garota que brincava com fogo”, entramos mais no passado de Lisbeth, sua ligação com o pai, e porque o mesmo, apesar de ser um assassino, abusador, nunca foi preso. E mais assassinatos, mais gente do governo envolvida, mais investigação para Mikael, mais hackeamento feito pela Lisbeth. E tudo culmina para um confronto mortal entre Lisbeth e seu pai, como Mikael correndo pra lá e pra cá tentando defendê-la até de si mesma. A qualidade, a meu ver, cai um pouco, talvez porque não seja mais novidade, mas eu já tinha visto o primeiro, já conhecia os personagens, então queria ir até o fim.

No terceiro/livro, “The Air Castle that Blew Up” (ou “a mulher que detonou o ninho de… sei lá o quê!”), temos o aparente desfecho da trama. Todo o passado de Lisbeth e seu pai são revelados. A história praticamente toda se passa em um clima de filme de tribunal, afinal, nossa garotinha-esquisita é acusada de tentar matar o cretino do genitor, depois de anos sem vê-lo. Mikael, mais uma vez, sai atrás de provar a inocência de Lisbeth que, realmente, só tomou na tarraqueta na vida. O personagem da doidinha já encheu, ela nem parece tão inteligente, e a história fica meio forçada... provas que surgem do nada, argumentações desproporcionais, cenas de “clímax” totalmente artificiais... achei médio, apenas passável como fim de uma história.

Mas como eu sou muito mala, acho melhor que vocês vejam e tirem suas próprias conclusões. Acho que pelo menos o primeiro vale como filme de ação/suspense, os outros vão ladeira abaixo, meio na bagagem e no compromisso de ver a história toda.

Abaixo, os queridos links:


5 comentários:

  1. "nem precisa ser tão bom, que ele defende do mesmo jeito" Ri litros nessa. Não li todo porque está cheio de spoilers!!!!! :) Ok, sou paranoico.

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  2. Deixa de ser mocinha, porra! Cinema não é sobre "novidade", cinema é o "assistir"...

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  3. "cinema é o assistir"...
    Cara, esse curso de cinema está te transformando num baitolinha. :D

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  4. "cinema é o assistir". Sei. Você diz isso porque é viciado em pegar o jornal no domingo pra saber o que vai acontecer nas novelas durante a semana. Se é pra ler sobre a história, deixa que eu compro o livro :)))) Frescão!

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  5. E tem mais: compro e não leio!

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