Review do Samsung BD-P1600

Onde assisto aos filmes, quando não estou confortavelmente no cinema? Em casa, naturalmente. Do jeito que Angélica entra na casa das Celebridades, o Equivocando entrará no conforto do meu lar (hm) para mostrar como degusto (hm²) os filmes que Sardaukar me indica (hm³).

Em janeiro deste ano, depois da ladroagem do Natal 2009, comprei meu Samsung BD-P1600 por R$ 690,00. Hoje já é possível comprá-lo por menos de R$ 600,00, mas não me arrependi! Utilizo bastante o equipamento e estou bem satisfeito com ele, exceto por alguns detalhes incômodos, mas que não comprometem a minha satisfação. Hoje não tem spoilers, mas tem a informação não só do player, mas dos demais equipamentos, depois do Leia Mais.

Televisão
Não faz sentido você comprar um Blu-Ray player (BDP) se você não tem uma TV full-HD, e eu tenho. Por obra e graça de NSJC, consegui uma promoção de uma Samsung 46’’ full-HD Serie 5 no mostruário de uma loja, e consegui arrematá-la por módicos R$ 2.650,00 em outubro do ano passado. Para quem tinha uma de tubo de 21’’, foi uma ótima aquisição por um preço realmente muito bom.

Receiver
Para se envolver mesmo com o filme, ou você tem um headphone dos bons ou tem um receiver razoável, é o meu caso. Tenho um Sony STR-DE885 (o do link é preto, o meu é prata), é um receiver já antigo, sem entrada HDMI e 6.1 somente. Não processa Dolby TrueHD nem DTS-HD, mas ainda aguenta pressão. Decodifica bem Dolby Digital (AC-3) ProLogic II e DTS. Tem várias entradas digitais-ópticas e digital-coaxial: meu DVD, BDP, PlayStation e PC são ligados nele.

Blu-Ray Player
Agora vamos para o Blu-Ray player: o Samsung BD-P1600 é um ótimo produto. Carrega rapidamente os discos e os menus (que tem uma apresentação muito mais rápida e prática do que o DVD). As configurações são fáceis, rápidas e eficientes, com boa flexibilidade. A atualização do firmware pode ser feito de várias maneiras: rede, CD ou flashdrive (pendrive), escolhi esta última por achar mais prática e segura. Não tive problema com nenhum disco até agora, isto é, rodou todos. Lembro que num determinado filme ele travou numa cena, mas provavelmente era o disco, pulei poucos quadros e pude assistir ao filme até o final.

A frente dele é toda black-piano, que abre como se fosse som de carro caso queira ligar e abrir a gaveta para colocar o disco e operar o painel. Um detalhe: não há botões no painel, as ações são realizadas aproximando o dedo das funções. Um recurso muito elegante: sempre quando posso, abro e fecho a gaveta dos discos e ligo e desligo o player por eles. Dá-me uma sensação de estar na USS Enterprise. Ok, nem tanto.

E por falar em Star Trek, o melhor filme até agora que pude assistir em Blu-Ray foi ele mesmo: ficou fantástico! É uma diferença absurda do DVD: textura, cores, movimento, brilho. Ainda vou escrever sobre ele, mas adianto que o início do filme é foda. E já como é da Paramount, a abertura do Blu-Ray é muito interessante: primeiramente aparece somente a montanha, com definição de DVD, depois passa uma faixa e “vira” full-HD. Esse efeito ficou muito legal e é muito parecido com o que realmente acontece quando se compara um filme 720p com um 1080p.

Além dos recursos em Blu-Ray, ele também toca DVD player, fazendo o upscaling para 1080i. Honestamente, é um upscaling muito discreto, vê-se a diferença, mas nada que impressione. Meu DVD Player (um Sony) é ligado na TV por videocomponente, da pra ver a diferença, mas não apresenta ganho que faça valer a pena. Noto mais a diferença quando coloco desenho animado, como no caso de Family Guy, mas vou continuar assistindo a Peter Griffin em DVD Player mesmo.

Um ponto negativo é o sensor do controle remoto, é muito ruim mesmo. Você tem que fazer um malabarismo incrível para poder enviar um comando ao player. Tudo bem que ele está acima da minha televisão, mas mesmo assim. E parece que o negócio é de família: a TV tem o mesmo problema. Tenho um controle remoto universal, daqueles programáveis, e programei os controles remotos do DVD e da Sky para funcionar junto com a TV: mesmo problema, parece que o sensor padrão da Samsung é ruim globalmente.

Outro ponto negativo é a questão da rede. Você compra com a promessa de um wireless ready. Acontece que, para você ter o wirelesse funcionando, você precisa de um adaptador que só funciona no aparelho e, claro, fabricado pela Samsung. O preço? US$ 70. Claro que nem estabelecendo intercurso sexual eu darei R$ 140,00. E não há outro adaptador no mercado que seja compatível com o meu player. Então, essa promessa de wireless ready é só pra dar o gostinho amargo da impossibilidade de utilizar os recursos do BD-Ready sem fio. Ainda estou me organizando para fazer funcionar este recurso, já que o aparelho dá a possibilidade de assistir aos vídeos do YouTube.

Um dos pontos mais positivos é o seguinte: qualquer coisa que você tiver no seu pendrive, seja DivX, XviD, MKV, MP3, JPEG, GNT, CBS, BBC, SBT, etc., ele lê. Assisti a vários e vários releases, inclusive alguns enviados por Sardaukar, e todos, absolutamente todos pegaram sem problemas. Com legendas sem burocracia (basta estar com o o mesmo nome do arquivo). O único problema é a cor da legenda, que é branca chapada. Mas tirando isso, minha vida melhorou bastante: baixo um filme em 14 minutos, aproximadamente, pela [vida longa e próspera à] GVT de 10Mbps, coloco no meu pendrive junto com a legenda, espeto no BD-P1600, ligo, com o controle remoto vou até o arquivo, abro, clico uma vez pra exibir as legendas – e o resto é só pipoca. Se o filme estiver codificado para AC-3, ele manda bonitinho em Dolby para o meu receiver sem nenhuma perda.

Enfim, uma magavilha!

Aqui o link (não tão) direto para o download do manual.

Peguei emprestada a foto acima deste blog aqui, através da pesquisa do Google Images.