Death Wish

Domingo à noite, nada de assistir ao BBB10 e seus estranhos participantes: como se tivesse ligado uma TV National de 20 polegadas e assistido ao Domingo Maior em 1986, vi Death Wish, mais conhecido como Desejo de Matar, com Charles Bronson, o primo urbano de Chuck Norris. Filme de macho!




Vou contar o que todo mundo já sabe (spoilers!): com uma fórmula diversas vezes copiada, mas então original, um pacato e liberal arquiteto novaiorquino, Paul Kersey, logo após relaxantes férias no Havaí, tem sua mulher morta e sua filha estuprada por GOD DAMMED PUNKS em seu próprio apartamento. Sua filha não se recupera e fica crazy fuck. Para tentar aliviar a cacholeta, segue para o interior a trabalho. Lá é catequizado por um matuto sobre o real significado das armas e, quando vai embarcar de volta à Nova Iorque, ganha uma 32 do nativo. Daí, após reagir a um assalto e matar o meliante, ele vira um vigilante e começa a ceifar a vida de qualquer maldito que atravesse o seu caminho e esteja fazendo miérda.

O filme é fantástico: os punks no supermercado são cômicos e um deles é Jeff Goldblum, o dr. Malcolm de Jurassic Park. Quando entram na casa da mulher de Paul, a cena fica mais cômica ainda, parecendo os little droogies entrando na casa do escritor e acabando com sua esposa, no irretocável A Clockwork Orange.

E o bigode de Charles Bronson? O cabelo? Que figura. O cara não nasceu pra ser arquiteto, notoriamente o cara se achou mesmo quando virou um serial killer - e o importante é ser feliz, não é mesmo? Pouca conversa e muita bala. Punks aos montes no chão, agonizando e sangrando até morrer. Bendito seja os anos 70.

Perfeito quando ele chega em Chicago e, ao invés dos punks, vê os hippies azucrinando uma pobre moça no saguão do aeroporto. Ele apontando o dedo em formato de arma para os bicho-grilos e o sorrisinho é impagável!

E não tem nada mais agradável do que assistir, no finalzinho do domingo, the old ultraviolence. Aposto que até Alex de Large sentaria para assistir ao velho Bronson, comendo uma pipoca e tomando um moloko plus.