22.5.08

Humores, parte I

É, voltei. Eu tenho problema com blogs, bem verdade: quando fico muito tempo sem escrever, fico constrangido em postar novamente. Sabe como é? Pois é, nem eu.

Achei um livro que não é meu aqui em casa, As Anedotas do Pasquim - Número 3. Certamente o livro é do meu pai, data de 1976, editora Codecri. Logo no comecinho, li uma das anedotas e decido postá-la cá. Segue abaixo.

O coitadinho morava na pensão mais sórdida do centro da cidade, numa vaga imunda, e trabalhava num escritório fétido, sem amigos, sem namorada, sem ninguém. Todo fim de mês, ele pegava um restinho do ordenado, passava numa banca de jornal, comprava uma daquelas incríveis revistas dinamarquesas, passava na farmácia, comprava um alkaseltzer e ia pra pensão. Chegava lá, pegava um copo d'água e a revista e ia pro banheiro. Lá, ele pregava as fotos das mulheres nas paredes imundas e mal iluminadas, botava o alkaseltzer no copo e quando este começava a fazer as bolinhas, ele "botava a imaginação pra funcionar" e, com a mão direita ocupada, levantava a esquerda pra cima e gritava de olhos meio cerrados:
- Ah!... Isso é que é vida! MULHERES!!! Champanhe!!!

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