17.2.08

Oscar 2008, There Will Be Blood

Sério concorrente a melhor filme do Oscar 2008, junto com No Country for Old Men, There Will Be Blood é um filme excelente. Muito bem escrito, muito bem dirigido e muitíssimo bem interpretado. Técnicamente é perfeito: excelente edição, fotografia e áudio. Com relação ao áudio, algumas palavras: lembra muitas vezes 2001: A Space Odissey, principalmente nas aparições do monolito, a trilha sonora é ruidoza, envolvente, não tem música, não tem melodia, é na lata, na bucha, na xinxa. Se No Country... é filme pra macho, esse aqui é para o avô deste macho: muito mais macho, porra! Entendeu, Sardaukar?

O Caboclo Mamador desceu em Daniel Day-Lewis e o fez interpretar como um maníaco, um doente, um insano. A interpretação do cara é impressionante, do começo ao fim. Aliás, a interpretação de todos os atores do filme é outro ponto a ser notado, e isso, ao meu ver, tem um dedão do diretor. O tal Paul Thomas Anderson é o mesmo dodói que fez Magnolia (outro filme dugarái) e que botou pra moer em There Will Be Blood.

[Spoilers]

Trata-se de Plainview, um cara fodido que inicia o seu negócio de petróleo logo depois de sofrer um acidente numa prospecção solitária e bem sucedida de metais preciosos. Logo na extração do primeiro poço, adota uma criança filha de um dos empregados que morreu trabalhando para ele. A partir daí, junto com seu filho, que "carinhosamente" chama de H.W., corre por várias partes dos EUA até que, depois de uma dica dada por um estranho, descobre um oceano de petróleo escondido sob uma vila no meio do nada. O tal Plainview é um dos maiores filhos da puta da história do cinema e isso se torna mais evidente porque é um personagem muito bem construído, bem definido e mutíssimo bem interpretado. Não parece ser inventado, se é que foi, parece uma daquelas figuras que viram história numa determinada região e que, vez por outra, é assunto corrente nas conversas.

De todos os indicados ao Oscar (assisti, mas ainda não comentei American Gangster), os dois que disputariam pau-a-pau a estatueta seriam este e No Country for Old Men, o qual gostei bastante também - na minha humilde opinião. Muito bom ter a disposição dois filmes memoráveis para escolher. Coisa fina. E coisa rara, até.

A palavra que não diz nada, sequer resume o filme: fiel.

Ah, não tem link, assisti no cinema mesmo. Nenhum release prestou, é uma pena.

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