12.1.08

Zeitgeist, ecoando

Como único leitor dos posts de Sardaukar, não deixei de ler o texto sobre Zeitgeist, o filme. Segui a cartilha e baixei tranqüilo (muitas fontes), bem como a legenda (no legendas.tv).

A minha análise técnica do filme: do caralho.

Eu gosto muito de filmes sobre conspirações malignas, fim de mundo, fatos obscuros. Sou tão idiota com relação a isto que até mensagens subliminares me interessam, principalmente em frames de filmes e em áudio reverso das músicas. Até quando dois amigos meus "viram" a imagem do sete-peles num painel de uma cafeteria, eu me interessei em ver (ok, eles forçaram a barra total, mas valeu a pena a expectativa).

Assisti ao filme, no início pensei que estava vendo uma coisa meio bicho-grilo, até começar.

A parte sobre Jesus é legal, mas tenho certeza que minha professora do catecismo ficaria indignada com o que disseram sobre o cristianismo.

O que mais me interessou foi sobre o 11 de setembro, achei espetacular. Há pouco mais de um ano, aproximadamente, o Skype lançou um serviço de chat de voz. Para treinar meu inglês de prostitua vietnamita - I love you so much, I fuck, I suck, one dollar, interessei-me pelo serviço e decidi conversar com quem aparecesse. Entrei na sala apropriada, "let's practice english" (ou algo assim). Senti-me na torre de Babel, ninguém entendia lhufas do que o outro mugia. A sala foi se esvaziando aos poucos e sobraram, além de mim, três pessoas: um japonês de 16 anos, homossexual (pelo jeitinho); uma mulher de idade e procedência desconhecidas, muda, ultratímida; e um tal de Omar, um cara que mora na Jordânia e estava fazendo teste para piloto comercial.

Eu e o meu novo amigo árabe (parece título de filme pornô gay bizarro) conseguimos estabelecer uma conversa que durou bastante (hm). Falou-se sobre várias amenidades, inclusive religião, e chegamos na conversa do 11 de setembro. O que achei bem interessante foi que o cara tinha absoluta, completa e total certeza de que este "atentado" fora encomendado pelo próprio governo americano e, claro, com a ajuda dos israelitas. Para deixar claro: não foi o que ele disse que foi interessante, mas foi a certeza clara e óbvia, explicada de uma maneira muito calma e serena, de que aquilo tudo é uma farsa judaico-americana. Como se esta certeza fosse uma convicção de uma comunidade, do país, da religião dele, sei-lá-do-quê. E ainda disse mais: "pesquise, pode pesquisar, veja que, naquele dia, naqueles prédios, NENHUM [ênfase do jordaniano] ou quase nenhum judeu foi trabalhar". Hmmm... Então tá.

A última parte, como Sardaukar bem falou, é a parte da grana junto com a relação entre Hitler e o avô de George W. Bush, do ataque às torres gêmeas e a outros eventos trágicos, porém encomendados, que levaram duas ou mais nações à guerra. É legal. Mas o filme faz caquinha na saída, ao meu ver.

Só achei esquisito uma coisa: falou-se que Jesus é uma farsa, falou-se do 11 de setembro, falou-se de dinheiro, muito dinheiro, organizações internacionais de dinheiro, guerra, Afeganistão, Iraque, Irã, Síria... Mas faltou um pedaço: Israel. Não pode falar de Israel não, é?

Pode, sim. Assisti, há algum tempo, um documentário holandês sobre o lobby israelita, The Israli Lobby. Não tenho nada contra os judeus, mas não creio que haja justificativas louváveis o suficiente para impor um estado naquela região. Mas isto é assunto para outro dia.

Página oficial do filme.

p.s.: não, eu ainda não sou um mestre oculto, mas todos os meus esforços estão direcionados a isto.

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