28.2.10

O grande post dos Filmes que valem meio download (?)

Eu tenho um hábito. Para dormir, eu vejo pelo menos um filme. Como eu tenho sério problemas de insônia, quando o remedinho não faz efeito, às vezes vejo muito mais. Isto acaba gerando uma imensidão de coisas vistas que nunca serão comentadas aqui, pois não valem o esforço.

Eu sempre bato na questão do tempo, digo sempre que temos que priorizar o que deve ser visto, o que deve ser lido, ouvido, sentido…

Só que ninguém funciona no modo lógico, ninguém só vê coisas boas, ou livros fodões, porque fica chato pra cacete. Então, às vezes, a prioridade é justamente ver um filme porcaria, que você sabe que não presta, ou que você tem grandes suspeitas que não presta… mas quer ver, pelos mais variados motivos: há uma atriz gostosa no filme, é a biografia de um escritor medíocre que você adora, toca a música de uma banda que você curte, é simplesmente um filme de terror ou de ficão científica e você tá com vontade de levar sustos e ver o quão alguns roteiros podem ser ruins.


Isto é: NÃO IMPORTA! Você tem que fazer o que você quiser, meu chapa. Se não tá detonando ninguém, além de você mesmo, que mal faz? Perder 1 hora e meia, 2 horas, vendo uma porcaria, quem não merece?

PELO DIREITO AO FILME PORCARIA, eu voto.

Então, abaixo, uma listinha de filmes porcaria, filmes medianos, filmes “bonzinhos”, filmes “eu como, mas só porque estou meio bêbado”, com pequenas sinopses/comentários ( e links… mas sem legenda, procurem no legendas.tv, pois não vou fazer uload desta vez):

- A Mighty Wind: Filme que tenta reconstruir o clima de “This is Spinal Tap”, o grande mockumentário dos anos 80 sobre uma banda de Heavy Metal. Só que, neste outro filme, o alvo é o universo country dos USA. O filme tem algumas poucas coisas engraçadas mas não emplaca. Há excesso de convidados, de auto-referências, e talvez o universo escolhido não seja tão “mundial” quanto o primeiro filme. Além disto, passaram-se mais de 20 anos e algumas fórmulas não podem ser mais repetidas, não do mesmo jeito. Baixei, vi, gravei e esqueci.



- Dante´s Inferno: Como a maioria das pessoas que se pretendem letradas, conheço a história, mas nunca a li. Um calhamaço em latim/italiano medieval, que deve ter traduções em português arrastado. Até posos me aventurar um dia, mas não agora. Então, quando vi que era uma adaptação animada, me animei (hehe!). Comecei a ver, um traço até interessante, que mudava a cada círculo que Dante entrava no Inferno… só que, bem, eu nunca li, mas não lembro de Dante parecer um cavaleiro do zodíaco, combatendo os cavalheiros de cada “casa”, para chegar à armadura de ouro de pégasus!!! Tinha alguma coisa errada, pois em todo círculo do inferno, Dante tinha que enfrentar um dêmonio, quase como se fosse… fosse… um VIDEOGAME! Putz, a adaptação foi feita para divulgar um novo jogo, nos moldes de God of War! Em suma, vale pra fãs de porradaria desenhística e deste tipo de game.


- Extract: Novo filme do Mike Judge, o criador de Beavis and Butthead. Baixei, não porque adore estes personagens, mas porque gosto muito de um outro filme do Judge, chamado Office Space (este vale um download inteiro). O filme tem um bom elenco, é divertido, é leve, uma boa sessão da tarde, ou um filme legal pra se ver em casa, sem muita pretensão. Esperava mais um pouco de acidez, apesar dela existir, não veio com PH muito alto. Vale ver.





- A mulher do viajante do tempo (ou algo como “jamais te esquecerei”, “não vou te abandonar”, “segura, peão cronal!!!”, no Brasil): baixei por causa da Rachel MacAdams, eu vejo até parto natural em close (deus do céu!), se for o parto da Rachel MacAdams. A história é um quarto ficção-científica, um quarto drama amoroso e dois quartos frango com catupiry. Não acho que tenha conseguido ser nenhumas das coisas que se pretendia, mas pode fazer sucesso com a tua namorada, sem encher o seu saco de melodrama. Dá pra ver, só não tem nada demais.




- The Prisoner: Minissérie em 6 capítulos da AMC (a mesma rede de Mad Men), baseada no sucesso cult inglês dos anos 60 de mesmíssimo nome. Lembro vagamente de ter visto alguma coisa da série original, então, como todo mundo sempre falou muito bem dela, baixei. Os atores são muito bons, Ian Mckellen, Jim Caviezel… a história começa bem instigante mas, quanto mais passa, mais confusa fica. Se você acha Lost intrincado, vai achar The Prisoner uma equação diferencial escrita de cabeça pra baixo em uma caligafria ruim. Eu até gosto de coisas confusas, intrincadas, (vide meus relacionamentos amorosos), mas não engoli a narrativa, as explicações, as idas e vindas do enredo. Baixe quem se interessar, quem sabe o problema seja eu? (como disseam minhas exs!!!).




- Martyrs: Terror básico, susto pra cacete. Começa muito bem, instiga, o cara fica pensando: que porra é que fizeram com esta garota?!?!? É de uma nova safra de filmes de terror europeus, como Rec. Até o meio do filme, eu tava achando muito bom… só que o filme muda de estilo. Algumas pessoas vão achar isto interessante, até atrativo, haja vista que o filme é bem cotado na comunidade nerd terrorista. Mas achei que descambou para uma besteira, uma tolice sem tamanho. Mas vejam, o público consumidor de terror nunca foi lá muito exigente mesmo.





- The Girlfriend Experience: Mais um projeto “ousado”, “esquisito”, pago com o dinheio dos blockbusters, que David Soddebergh realiza. Trata-se do dia-a-dia de uma garota de programa de luxo, filmado de um jeito seco, desdramatizado. A protagonista é interpretada por uma atriz pornô dos EUA, a incrivelmente bela e tarada Sasha Grey. O que dizer do filme? É como se fosse um documentário, pois a desdramatização retira qualquer possibilidade de empatia. Não há cenas de sexo praticamente, então não espere ver muita coisa da Sasha (se quer, baixa os filmes pornôs dela, meu nêgo!). Terminei o filme e só levei mesmo um pouco de vontade de ver os filmes XXX da moça, achei dispensável.



- Mister Eleven: ah, fui ver uma comédia romântica (em duas partes, feita pra tv britânica), achando que talvez eu estivesse um pouco insensível demais. Achei a sinopse interessante, minimamente: uma mulher, matemática, baseado em estatísticas, bota na cabeça que o homem certo para cada mulher é o 11° com quem ela faz sexo (pensando bem agora, que negócio idiota, não sei porque inventei de ver!). É claro que ela só faz merda, afinal, quem pensaria uma idiotice destas, todo mundo sabe que o número correto é 47!!! Ok, tirando o sarro, além do que falei, o filme é ruim como comédia romântica. Problema de roteiro mesmo, a protagonista é meio boboca, os pares dela são meio bobocas, e se você é um boboca, vai gostar deste filme.




- The Invention of Lying: Primeiro filme que soube que era estrelado pelo Ricky Gervais, um dos meus ídAlos recentes no mundo da comédia. O grande ator/criador por trás do homem, do mito, David Brent (office UK). A premissa é legal: uma terra em que NINGUÉM SABE MENTIR, as pessoas logicamente não entendem a mentira, até que um dia o personagem de Gervais descobre que pode mentir, por isto o filme se chama “a invenção da mentira”, e passa a se utilizar dela para enganar tudo e a todos. Algumas cenas então, principalmente no início, são hilárias, como o garçom contando que cuspiu na comida enquanto serve o casal, ou quando o interesse romântico de Gervais diz que só saiu com ele por pena, que ele não é atraente, é gordinho, pouco, tem o nariz achatado e não tem dinheiro (isto é, uma versão paralela da maioria dos meus encontros). Mas o filme dá uma caída no fim, como se não se sustentasse, talvez pelo desgaste das piadas em mesmo formato. De bônus, a Jennifer Garner muito, muito bonita. É um filminho legal de ver com a namorada também, inofensivo, melhor que a maioria das comédias atuais, mas que não merece um tópico pra si.


- The Countess: baixei por ser um filme dirigido pela linda Julie Delpy e por contar a bizarra história de Erzbet Barthory, a condessa que, ali pelo século XVII, tocou o terror na região dos Balcãs, uma espécie de Vlad Tepes de saias, só que, ao contrário do Drácula, ela realmente matava as pessoas por sangue. Dizem que matou centenas, em busca da eterna juventude. O filme não encanta, a personagem é chata, as atuações são padrão. Nada de ruim, mas nada de tão bom. Vale para conhecer a história da doida, embora eu ache que tenha sido pegado até leve, ela devia ser muito, muito mais tantã e cruel.



- Crespúsculo: PORRA! Vi este filme. Cacete! É muito, muito ruim. Não, não estou sendo preconceituoso, não tô falando que é ruim porque é sucessinho adolescente. É ruim mesmo. Os personagens têm submotivações, agem a partir de nada, ou de coisas de aparente sentido mas, quando minimamente examinados, não fazem qualquer. Porra, vampiro de dia? Vampiro que brilha feito diamante, espalhando o prisma da luz na pele, quando exposto à luz direta do sol? Que viadagem do cacete! E o tal do Robert Pattinson? Cacete, o carinha só faz caretas e charme pueril, tem uma vozinha de taquarinha-rachada… achei porcaria até como porcaria… é uma espécie de miojo cru e sem aquele pozinho de sabor “galinha caipira”. E o clímax do filme, uma família de vampirtos bonzinhos defendendo uma humaninha de um vampirinho “farejador”! Porra, que mulecagem, em filme de vampiro MESMO, juntava uns 3 e descia o cacete até no cão dos infernos! Aí ficam correndo, e ficam protegendo, e blah blah blah, e o “meu pai vai ficar magoado”, e “eu te amo pra sempre, Edward”… ah, vai te fuder! Se quiser, baixe, tem muita gente que gosta, vide o sucesso mundial!



Tá, cansei, em breve, a parte II e avante!

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